quarta-feira, janeiro 26, 2005
terça-feira, janeiro 25, 2005
Crónica matinal
segunda-feira, janeiro 24, 2005
Just Perfect!
Just a perfect day
drink Sangria in the park
And then later
when it gets dark, we go home
Just a perfect day
feed animals in the zoo
Then later
a movie, too, and then home
Oh, it's such a perfect day
I'm glad I spend it with you
Oh, such a perfect day
You just keep me hanging on
You just keep me hanging on
Just a perfect day
problems all left alone
Weekenders on our own
it's such fun
Just a perfect day
you made me forget myself
I thought I was
someone else, someone good
Oh, it's such a perfect day
I'm glad I spent it with you
Oh, such a perfect day
You just keep me hanging on
You just keep me hanging on
You're going to reap just what you sow
You're going to reap just what you sow
You're going to reap just what you sow
You're going to reap just what you sow
Lou Reed
Beautifull day!
E pronto, é mesmo isso.
Está um dia maravilhoso, o mundo é lindo,
e viver é a melhor coisa que nos podia ter acontecido a todos.
Por isso malta, vamos lá a animar!!!
A vida são dois dias, temos mais é que aproveitar.
E já passámos um deles de trombas caídas...
Toca a partir..!!!
manhãs sonos sonhos trocados dias oportunidades horários tardes normais lojas locais trabalhos horas menos uns resolver também semanas passadas deixa amanhã encerrava vez foi pensar pesar minutos casa rua nua noites
meias botas roupa chata novas detestar compras caminho razões discussões tempo paciência gosto apenas fica bem luva identificar confiar transmitir personalidade imagem alma espírito pessoa ideias ideais peça cor adereço limpo despreocupado estilo aquele outro nunca fácil decisões vida estúpido adiado excedido meses anos limites resistência preservar durar mesmo mais difícil encontrar projectar erros fatal jogo peça perfeita olhar imaginar vestir casaco calças camisas botas pele sempre acompanhar lado custa consigo comprar peça paixão caixão vista vida instantânea morte atenção súbita flash perfeita imagem roupa tempo teste prova bem não ficar esperar fugir esquecer saltar morrer moldar corpo gasto gosto roupeiro casa velho novo transição lenta demorada reter amor ódio comprar vender roupa não despertar automaticamente sentimento aquela compra perfeita mente nunca compro roupa não hesitar minuto devo não comprar não instantâneo verde montra loja vista número preto pouco encanto semelhante não casa assunto troca loja voltar experimentar verde click aquela marca perfeita remendos buracos não aguenta mais eu vida pés frios alma sorriso mundo passagem anos processo vir repetir situações roupa carro casa emprego coisa básica música filme livro pessoas complicações implicadas párar complicadas medidas vazias
nada agora tarde eu dormir dia fantástico contrário o ontem altura ainda mais negro minha vida fundo hoje daqui positivo dali negativo sono dia fim semana certo diabo prazer desmedir ter trocados viver noite levantar outros jantar tempo tarde cansados deitar dormir sonho beleza entusiamo acordar desesperar esperar depois deitar aproveitar esquecer espaço tempo esplendor sensação recordação raiva inquietide calma plenitude imaginar ignorar ter mundo nós sair 4h30 madrugada deleitar beleza paisagem há muito
Escuridão da noite. Uma cidade. Viajo. Penumbra. Obscuridade. Trevas. Não se vê viva alma. Sozinho. Só nós. Só eu e o mundo. É um sentimento fantástico, maravilhoso... A liberdade de ter a estrada toda por minha conta, poder ocupar a faixa do lado e circular pelo meio.., passar os semáforos vermelhos a alta velocidade sem um pingo de preocupação... olhar os edifícios, os monumentos, e pensar que aquele momento é meu... sou dono de tudo que está ao alcance do meu pensamento... a esta hora não há mais ninguém aqui por perto... Sou livre! À noite, tudo é gigantescamente maior e mais poderoso. mais intenso. mais natural. mais belo. mais puro. Durante a madrugada, quando todos os outros dormem, saío à rua e a cidade é minha... circulo com toda a liberdade... apenas eu e ela. O mundo inteiro é meu... uma infinidade de espaços por descobrir...e tudo isto é pena...tenho de pôr o sono em dia. Amo perdidamente o silêncio, harmonia.. e a plenitude, que me traz a solidão da noite... É durante a noite que nos apercebemos verdadeiramente da beleza (i)real das coisas...
Devo dormir. É tarde para mim. A hora não perdoa..
subitamente
acordo
ontem...
domingo, janeiro 23, 2005
Devaneio Último
Um dia entenderei tudo isto...
Adeus
Até esse dia...
Livro do Desassossego (144)
Debruço-me, de uma das janelas de sacada do escritório abandonado ao meio-dia, sobre a rua onde a minha distracção sente movimentos de gente nos olhos, e os não vê, da distância da meditação. Durmo sobre os cotovelos onde o corrimão me dói, e sei de nada com um grande prometimento. Os pormenores da rua parada onde muitos andam destacam-se-me com um afastamento mental: os caixotes apinhados na carroça, os sacos à porta do armazém do outro, e, na montra mais afastada da mercearia da esquina, o vislumbre das garrafas daquele vinho do Porto que sonho que ninguém pode comprar. Isola-se-me o espírito de metade da matéria. Investigo com a imaginação. A gente que passa na rua é sempre a mesma que passou há pouco, é sempre o aspecto flutuante de alguém, nódoas de movimento, vozes de incerteza, coisas que passam e não chegam a acontecer.A notação com a consciência dos sentidos, antes que com os mesmos sentidos... A possibilidade de outras coisas... E, de repennte, soa, de detrás de mim no escritório, a vinda metafisicamente abrupta do moço. Sinto que o poderia matar por me interromper o que eu não estava pensando. Olho-o, voltando-me, com um silêncio cheio de ódio, escuto antecipadamente, numa tensão de homicídio latente, a voz que ele vai usar para me dizer qualquer coisa. Ele sorri do fundo da casa e dá-me as boas-tarde em voz alta. Odeio-o como ao universo. Tenho os olhos pesados de supor. "
Bernardo Soares
sábado, janeiro 22, 2005
The Czars
Val
Emptiness, emptiness how do I search for you
Empty everything and strip the walls
make them colorless, invisible
stop all thought, I am not losing now
I can't feel anything, I can't see you
Chorus:
Try and make me go away tonight, try and make yourself pretend
I wanted it, I needed it, for the longest time
try and make yourself pretend, you can't go on tonight
I wanted it, I needed it for the longest time
Chorus:
I don't want to do this anymore, I don't want to hear your voice
I wanted it, I needed it, for the longest time
You don't even have to want, you don't even have to care
I wanted it, I needed it
for the longest time
The Czars
(written by John Grant)
Comsat Angels
.
-
- I'm walking down a street where children play
- When they see me they run away
- She will not look at me, she won't say why
- And when I ask her she just cries
-
- No-one will talk to me, they turn to go
- Their faces say there's something I should know
- Could I be a victim of the games of all my friends
- Or am I really being watched by the eye of the lens
-
- No-one can stand the smell of fear
- Hours pass so slowly, time beats a drum
- As I wait for what I hope won't come
-
- No-one will talk to me, they turn to go
- Their faces say there's something I should know
- Could I be a victim of the games of all my friends
- Or am I really being watched by the eye of the lens
- Something's coming closer, I can only stare
- The scream of silence fills the air
- I was not a victim of the games of all my friends
- Now I find myself behind the eye of the lens...
-
- He looks up
- Straight ahead
- Theres something there
- Now it's gone
- Is it a bird
- Or an aeroplane
- Just like a thought
- It's there
- Then it's gone
-
- Over sea
- And over sand
- In the deserted heart
- Of a desert land
- Rotor blades
- Like a charred palm trees
- Signify
- No success
- No release
-
- It it eight
- Or is it nine
- Who fall in
- For the very last time
- There is no rest
- No release
- At the oasis
- These men
- Reduced to this
Damn, I'm I stupid...
What the hell am I doing?
AAAAARRRRRRRRRRRRGGGGGGGGGHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!
You FUCKIN ASSHOLL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Why the fuck do I have to be always interfiering,
putting myself in other people's way?????
Why can´t I keep my big mouth shut?
I´m such a piece of sheat...
aaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh..., FUCK!!!!!!!!!!!!!
(Thank god I don´t have money in my celular. I wonder why is that?)
Demência
Desespero
sexta-feira, janeiro 21, 2005
Era bom...
Que o tempo voltasse para trás...
Podería corrigir todos os erros da minha vida,
da mesma forma que vou emendando
no edit as palvras.
Mas não quer dizer, que mesmo assim,
as coisas fossem ser radicalmente diferentes.
E já era tempo de saber que não volta.
Por isso...
Mão Morta
E se depois
E se depois
O sangue ainda correr
Corre atrás dele
E se depois
O fogo te perseguir
Aquece-te nele
E se depois
O desejo persistir
Consome-te nele
E se depois
O sangue ainda correr
Corre atrás dele
E se depois
E se depois
[Zé dos Eclipses / Zé dos Eclipses - Miguel Pedro]
Mão Morta (Do primeiro albúm, homónimo.)
Os ses não existem...
E se depois...
segunda-feira, janeiro 17, 2005
Inverno
O princípio do ano deixa-me deprimido. Não sei se é isso, ou se é o facto de estar a chegar aos trinta. Há quem fale de crises de meia idade e essas coisa. Eu tenho crises, é verdade, mas não sei se lhes chamaria isso. São isso sim, crises de sociedade. Deve ser do Inverno, já que parece surgir todos os anos por esta altura. Não me parece que os meus problemas tenham a ver com personalidade, identidade ou qualquer dessas dúvidas em relação a mim próprio. Não é qualquer espécie de frustração, porque não se pode sair derrotado quando não se tem esperança de ganhar, e quando se sabe que nada há para ganhar. Depois de inúmeras tentativas, por muito abstractas que possam parecer, apenas me faço acompanhar de um existencialismo realista, no final. Sóbrio, o tempo todo. Existir, por si só.., isso parece ser suficiente. As coisas reais, quotidianas, como os objectos e os objectivos, parecem pefeitamente alcançáveis, pois tenho em consideração apenas, os que não dependem de ninguém, senão exclusivamente de mim. Não há circunstância nenhuma exterior, que neste momento me pudesse acrescentar qualquer coisa de positivo. Muito pelo contrário. A esperança, não existe. Pode ser que desapareça, ou apareça, ou surja outra situação qualquer. E só resta mesmo apagar as sombras da esperança, para me poder realizar plenamente... Sem ânsias nem deseperos, vivo alheio a tudo e todos, únicamente em função do facto concreto. E isto poderá significar ser-se feliz, pois tudo existe (em nós próprios) e nada se perdeu. Só o existir é real. Tudo o resto se evapora, se ignora.., desaparece... No final, permanece o eu. Sozinho, natural, na sua forma pura.., um nada que é tudo, no fundo.
quinta-feira, janeiro 13, 2005
The cure
And guess what? I also reallise that I still can write in english. Were there many errors in this thing? Pfuuu... an endless list. Never mind that. I won´t bother no more. And who gives a shit anyway? I used to. Always did. I'll get over it. I always took good care of myself. Never lost control. What about you? You seem pretty sure of what you want. You always did. Go back to work, or study, or him, or whatever you're wish to... Buy the new things you wish, weare them, and then take a deep look to yourself in the mirror. You´ll look just great, and as happy as you can be. You´ll see, and they will to. Somewhere between your own, you'll find him.
By the way, if you´re thinking just now that this text is ment for you, be aware... That means you are getting paranoid...
Ps: Don´t panick! All that is reversible. No, not that.., You already told me that. I know you don´t like these words. So, just don´t read it anymore. That should be enough... Me? I´m as good as new. I´ll rock!
20/04/2002
Acordando
Fora das rotas da noite, por esta hora levanto-me. Prisioneiro das madrugadas, hoje acordei liberto. Não liberto do sentimento, mas liberto de mim. Hoje não me castiguei, não me puni. Dormi muito tempo, e consegui acordar. Sem medos, sem remorços, sem nós na garganta.
Acordei conformado, e não senti frio. Senti até uma certa relaxamento. Não tive pressa de me levantar. Abri os olhos e meditei. Desta vez os ponteiros do relógio não rodavam no sentido inverso ao meu. Fiz as pazes com o tempo, e o tempo perdoou-me. Senti-me bem, e deu-me a sensação que os deuses me tinham dado uma segunda oportunidade. Justamente hoje. Renasci.
A ânsia e sufoco permanente de outrora, desapareceram, assim, de um momento para o outro. Deixei de ter medo, e hoje não me vou esconder. Esta noite não me auto-mutilei até ao nascer do sol, não me chicoteei até perder as forças, não me esvaí em sangue, até desmaiar e por fim conseguir adormecer. O cansaço tomou conta de mim, e deu-me repouso. Descansei o corpo e a alma. A serenidade fez uma visita, e prometeu ficar por cá...
segunda-feira, janeiro 10, 2005
Viagem
Circulo já na via rápida que me trará de volta à grande cidade. A cidade onde vivo. Falta pouco para sair da auto-estrada. O mesmo caminho que já fazia nesse tempo, enquanto ansiava pelo regresso. Penso fazer uma viagem calma, a velocidade moderada, porque tenho pouco combustível e este deverá ser à conta para o regresso. Mantenho uma velocidade constante e aproveito inclusivé o balanço das descidas para poupá-lo.
Um carro verde entra numa das vias de aceleração lateral. Embora eu me desvie para a faixa da esquerda abrindo caminho para não interferir com a sua marcha, o condutor não acelera e ao invés, reduz a velocidade, colando-se atrás. Merda! Detesto viajar com carros na rectaguarda. Especialmente quando mantêm uma distância demasiado curta, mas não suficiente para sabermos se querem ultrapassar ou não, ou se vão apenas limitar-se a ficar ali, como uma sombra. Às tantas, dou com o meu pensamento tomado pela presença daquele carro. Não sei se deva manter um ritmo constante, ou se continue a poupar combustível, ou se aumente antes a velocidade e o deixe para trás. A última solução seria sem dúvida a melhor, não fosse a gravidade da escassez de gasolina.
Volto-me a aperceber da presença do condutor. Já não me deixo levar pela irritação, e encaro a situação como uma circunstância inevitável. Resigno-me à ideia. Acabo por criar uma espécie de cumplicidade, e desculpá-lo. Ainda assim prefiriria que ele me ultrapassasse, e vou-me a custo esforçando por não acertar a velocidade em função dele. Permaneço a este ritmo. O condutor ultrapassa finalmente. A personagem intriga-me, mas procuro não imaginar qual será o seu destino. Quero apenas aproveitar o percurso que me levaria ao meu, sem grandes preocupações.
Desta feita fico incomodado por circular com ele minha frente, e por não ganhar velocidade de uma vez por todas, já que tem o caminho livre. Tento ignorá-lo. Pudesse eu, e ultrapassá-lo-ia dissipando-me no seu horizonte... Preciso viajar sem ninguém por perto, para me poder concentrar de novo. Deixo-o ganhar novamente uma distância considerável.
Vejo ao fundo pirilampos azuis iluminando sinistramente a noite escura, e prevejo confusão na estrada... Reparo que o veículo da frente abrandou, lá ao
longe. Três viaturas paradas na berma, e um grande aparato que deixa prever sanções pesadas. Instintivamente sou levado a desviar-me para a esquerda para me afastar daquela confusão toda. Apenas por sorte não fui eu multado, já que era hábito infringir gravosamente a lei naquela recta. Já era altura de ter mais juízo, concluo.
Quando me apercebo que o perigo já tinha passado, dou por mim novamente sozinho na estrada. Sinto-me bem... Recordo a última vez que fiz este caminho. Foi há muitos anos, mas a motivação era a mesma. Deixar a cidade e regressar. O prazer de conduzir sozinho,e aproveitar a viagem para arrumar as ideias. Encaro a viagem como um mal necessário, e tento apreciar a paisagem.
O carro verde ganhou finalmente uma avanço considerável. Ainda bem. Será que fui eu com todas estas preocupações e dilemas, que acabei por lhe causar incómodo a ele? Ás tantas não será mentira nenhuma...
Sem me dar conta, reparo que estou novamente perto dele. Não há dúvidas de que a culpa agora é toda minha. Circulo a 120 km/h, porque me apetecia carregar no acelerador. Podia fazê-lo à vontade, se o ultrapassasse de uma vez por todas. Aqui não dá. Mas não sei se terei paciência para seguir a este ritmo quando deixarmos a via rápida e entrarmos na estrada secundária. Vejo a placa que anuncia o desvio, a 200 metros. De súbito, uma corrente de adrenalina injecta-se-me no sangue, piso o pedal, e preparo-me para ultrapassá-lo nesse instante, antes mesmo da saída.
Não... Desisto a meio da tentativa. Acabei por queimar bastante combustível para lhe ganhar a distância necessária, e depois de subir o ritmo, já não me apetecia abrandar e voltar ao ritmo normal... Além do mais poderia arriscar um acidente, causando-lhe problemas a ele, a mim, e a outros eventuais passageiros. Não havia tanta necessidade de pôr vidas em perigo, ainda mais quando já tinha decidido conduzir nas calmas. Foi sem dúvida a pior das opções.
Chegados ao cruzamento, ligo o pisca. Reparo que o veículo vai seguir em frente, e claro, não tomará o mesmo sentido. Estava prestes a fazer uma ultrapassagem arriscada, sem necessidade nenhuma... Ele continuou pela estrada principal, em direcção ao seu destino. Quanto a mim, sei apenas que tenho mais uns quilómetros de estrada secundária para percorrer, mas desta vez sem stresses...
Finalmente sigo viajando despreocupadamente... Devagar.., contemplando vagarosamente a paisagem... Reparo na imensidão daquele percurso nocturno, e delicio-me novamente com o prazer de conduzir sozinho, calmamente...
Muitas vezes implicamos com outros condutores, só pelo simples facto da sua presença. Depois tentamos ultrapassá-los de forma rápida e desastrada, pelo facto de sermos impacientes, acabando por pôr em perigo tanto nós próprios como terceiros. Vale a pena conduzir com calma e precaução. A bem de evitar mais mortes neste país: Paz na estrada!