Abomino todos aqueles que julgam existir para além do seu próprio espaço. Odeio aqueles que pensam que existem, que existem em si próprios, e que julgam existir nos outros, pensando assim existirem neles, entre eles e para além deles. Odeio-me a mim prório igualmente, e nem por isso, e então nem sei, porque o próprio sentir não existe. Não escrevo para existir desta forma, ou para existir de qualquer outra. Escrevo porque é o que estou a fazer neste preciso momento. Sem justificações, razões ou motivos de qualquer espécie. Não gosto de nada nem vejo qualquer utilidade nisso, e ao mesmo tempo não sei se gosto, nem do quê porque não sei se tal existe. Nem sequer no próprio conceito de utilidade em si, ou sequer palavras, pensamentos, enfim, o que quer que seja. Cultivar um egozinho que muitos pensam existir porque pensarem existir neles próprios? Não. Nem busco sonhos, nem projectos nem objectivos, nem sentimentos, porque estes não existem. As próprias sensações não existem. São desmistificados até às mais que esbatidas fronteiras da curiosidade, que por sua vez não existem. Pensamos que sim, mas não, e nem isso se pode dizer pois nem o não pode, nem o não existe, existem, e nem sequer o próprio existir, existirá, ou não. Tudo é subjectivo. Até um facto, um objecto.., até um átomo. Tudo e nada ao mesmo tempo. Só escrevo estas palavras porque... se vão escrevendo... e não escrevi nada ao fim ao cabo.. ou sim, talvez, não, depende.. não sei...
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