terça-feira, abril 26, 2016

I Like Revisiting


Indian Summer - The Doors

Dreamer - Dostoyevski


domingo, abril 24, 2016

Insensatez - Tom Jobim

Antonio Carlos Jobim - Água De Beber

Morphine - Im free now

Mão Morta - O Jardim

Mão Morta |Maldoror| A Porcaria

domingo, abril 17, 2016

Tame Impala - It's not meant to be

Johnny Cash - Hurt

The Rolling Stones - Paint It, Black

segunda-feira, março 21, 2016

Tame Impala - Alter ego

quinta-feira, março 17, 2016

Always Crashing In The Same Car - David Bowie (1977)

segunda-feira, dezembro 21, 2015

Katatonia - Deadhouse

segunda-feira, dezembro 14, 2015

Insensatez - Tom Jobim

sábado, dezembro 12, 2015

O Inatingido Ideal do Ego


Amor de verdade a gente conserta. Não joga fora...

Amor de verdade a gente conserta. Não joga fora...
Considerado o “Padrinho” dos sentimentos, todo mundo quer encontrar o grande amor. Mas, ao mesmo tempo, ninguém quer dividir tristezas e desilusões, sentir as incansáveis dores físicas, passar por torturas psicológias ou ficar noites sem dormir. Ninguém quer ter que aguentar o outro de mau humor, suportar as diferenças, compartilhar e ceder.

As pessoas querem mesmo é viver apaixonadas, curtir aquele desejo e vontade de fazer sexo todas as noites, tomar sol em uma casa de veraneio na praia ao som dos pássaros cantando e viver o sonho da família Doriana. Por isso, os amores de hoje são tão descartáveis. A cada esquina se acha alguém para se apaixonar, mas ninguém para amar. Cadê as pessoas que estão dispostas a suportar, no dia a dia, as imperfeições e que estão afim a criar problemas e, depois, resolvê-los juntas?

Está tão clichê dizer eu te amo e fazer amor (que nem pode mais se chamar de amor), que andar de mãos dadas não reflete companheirismo e um elo, mas sim, só mais duas mãos e alguns passos, que podem seguir separados. O que mais me impressiona não é nem o fato do “felizes para sempre” estar quase que em extinção, mas a coragem que as pessoas têm de, quando não conseguirem fazer as coisas darem certo e enfrentarem dificuldades juntas, se consolarem com o simples “Não era pra ser…”. Porque afinal, a culpa toda é do destino.

Esses dias estava tentando resolver um cubo mágico e me irritei tão fácil que obviamente não cheguei nem na primeira lateral de cores. Fiquei pensando na quantidade de coisas na vida que deixamos passar por falta de força de vontade. Com o amor é assim. Não queremos unir o azul, o amarelo, o verde, o branco e o vermelho, queremos só o vermelho e pronto. Mas para tudo e todo tipo de amor, sejam entre homens e mulheres, amigos e familiares é preciso de uma união de cores, sentimentos e mais do que isso, paciência. Tudo precisa se encaixar no lugar certo. Só que nós precisamos fazer nossa parte para que isso aconteça. Tentar, quem sabe?

Muitas vezes nos contentamos em amar pela metade só porque achamos que felicidade é se manter apaixonado, sempre. Paixões são instantâneas. Isso vai e vem. São lindas, concordo, e fragmentos do amor, mas, meu caro, apesar de estourar fogos de artífico no seu estômago infelizmente não durarão por uma vida inteira.

Fonte

sexta-feira, dezembro 11, 2015

O equívoco

Foi preciso esperar quase 5 anos para chegar a uma simples conclusão. A decisão que tomei foi um gigantesco erro à escala existencial. Deixei Joana, uma mulher que correspondia ao meu ideal e que me amava, por causa da imagem de uma mulher que não existia, que eu idealizava na minha cabeça, mas que não tinha tradução na realidade, na pessoa concreta em que pensava. Esta frase simples é a chave da conclusão necessária para compreender todos os meus problemas amorosos e a causa do profundo sofrimento  pelo qual passei desnecessariamente nestes últimos anos. Um tremendo equívoco. E agora? 

quinta-feira, dezembro 10, 2015

Olhar para dentro e perceber o erro de casting


O amor que nunca existiu

Queria tanto viver uma grande história de amor, que acabei por inventar, na minha cabeça, uma que nunca existiu. Do outro lado, não havia ninguém.


domingo, novembro 29, 2015

Mirror People — Come Over

The capacity to be alone


"The capacity to be alone is the capacity to love. It may look paradoxical to you, but it is not. It is an existential truth: only those people who are capable of being alone are capable of love, of sharing, of going into the deepest core of the other person—without possessing the other, without becoming dependent on the other, without reducing the other to a thing, and without becoming addicted to the other."
- Osho aka Bhagwan Shree Rajneesh

domingo, novembro 22, 2015

Echo & The Bunnymen - Show Of Strength

the 13th Floor Elevators - You're Gonna Miss Me

The Chameleons - Monkeyland

Aparências


sábado, novembro 21, 2015

Total Failure

Parece que fui atropelado por um camião, atingido por um relâmpago. Nunca pensei que isto me fosse custar tanto. Mas os últimos anos deram-me um pequenos vislumbre. Parece que estou de volta aquela merda daquele quarto, a ouvir the Sound e Comsat Angels, com um cheiro intenso a substância atordoante, a sentir-me um falhado em todas as dimensões, e a ter vontade de chorar sem sair nada, sem esperança de que nada vá melhorar, pelo contrário. Até conseguia compreender porque o Adrian Borland escrevia aqueles letras, só não entendia porque é que ele se tinha matado. Porque não haveria de voltar a sentir-me assim, afinal a depressão continua cá e os motivos também... É o que dá fazer tudo ao contrário do que manda a razão... Espero que desta seja de vez. E que passe rápido... Porque é que eu me fui meter nisto, desde início, quando todo o meu ser se lhe recusava? Talvez  já previsse intuitivamente este desfecho. Queria apagar tudo da minha memória neste instante. Sinto raiva. Raiva comigo próprio por ter sido tão estúpido. Porque parei eu no tempo? Triste idiota!





sexta-feira, novembro 20, 2015

Fim

Tudo acabou, irremediavelmente. Lembro-me de um grande professor meu do quarto ano, que muito admiro, ter dito, em jeito de brincadeira, sobre a diferença entre neuróticos e psicóticos: "os neuróticos constroem castelos no ar, os psicóticos habitam-nos". Não deixa de ser irónico que eu, que durante toda a minha vida defendi a liberdade e em nome dela passei a maior parte da minha vida sempre sozinho, tenha perdido com a justificação da liberdade, a mulher que amei e com quem sentia que tinha sido feliz durante algum tempo. Talvez porque nunca soube verdadeiramente o que era ser feliz, e aquilo era o que mais se aproximava. Construí um castelo no ar, durante 12 anos, no qual me imaginei a viver com ela, a criar um filho, a levá-lo à praia com ela, a jantar fora juntos, etc, projectando nessa realidade imaginária a minha infância com os meus pais - tomando o lugar do meu pai e imaginando-a no lugar da minha mãe (ao que ajudou existirem algumas semelhanças entre as duas). E assim chega ao fim um ciclo. Caberá a um qualquer psicótico habitar esse castelo. Já eu, até hoje, sempre quis acreditar que, demorasse o tempo que demorasse, o sentimento acabaria por prevalecer, e acabaríamos por ficar juntos, como aconteceu com tantas outras histórias parecidas que conheço. Mas já não será assim. Porque o mesmo sentimento não existia do outro lado. Passei tanto tempo a sentir-me culpado, que nunca cheguei a perceber que existiu sofrimento da parte dela, mas que nunca existiu amor. Sofri, ainda mais, por ter construído e alimentado este castelo, esta fantasia, que no final era apenas minha. Sofro agora porque, durante 12 anos, quis sempre acreditar que havia alguém que sentia o mesmo que eu, concebendo uma imagem dela que não era real, uma imagem à minha semelhança. Ironia também porque, nos primeiros tempos, eu não a amava - fisicamente não era o meu género, achava que não era suficientemente inteligente, aventureira, desinibida, vanguardista, e que lhe faltava o sangue na guelra. Assim, prossegui a minha busca, esperando encontrar alguém que correspondesse a essas exigências. Mas sempre mantendo algum contacto e constatando que, à medida que as outras iam falhando na comparação com esse ideal, ela continuava sempre a esclarecer os mal-entendidos e a abater os meus preconceitos básicos, afirmando-se cada vez mais como capaz, prevalecendo como "a tal", esmagando a concorrência. Uma imagem que não apenas ia sobrevivendo, como parecia que me acompanhava sempre, para onde quer que eu fosse. E após anos e anos de experimentação, de libertinagem, de boémia, em suma, de liberdade, assisto agora à emancipação da "discípula" de tempos idos, que decide agora empreender a caminhada que o seu "mestre" tanto privilegiava nessa altura, ao ponto de eu ter ignorado por tanto tempo a evidência que sempre ali esteve especada à minha frente - a mulher perfeita e ideal para mim, o maior e grande amor da minha vida era ela (assim ela me amasse). Desta forma se escreve o último capítulo desta história. A paixão, fascínio ou interesse, que ela um dia afirmou ter tido por mim, evanesceu-se, evaporou-se, secou e desapareceu. Talvez nunca tenha sequer chegado a existir e fosse apenas uma defesa contra o facto de ser rejeitada. Talvez fosse apenas um carência afectiva. Tal como nas inúmeras vezes em que a tentei resgatar de uma vida monótona e sensaborona, na esperança de construir aquela que seria, no meu entender, a vida mais aventureira e excitante que alguém lhe poderia alguma vez oferecer, vejo uma vez mais, mas desta vez em definitivo, o meu convite rejeitado. Por vezes, não consigo deixar de pensar se ela, nesta sua busca fora de tempo que apenas agora inicia, não estará a fazer precisamente o mesmo que eu fiz naquela época - decidir ir à procura de uma imagem abstracta do ideal, quando o real sempre esteve ali à sua frente. Esperemos que não, porque ao contrário da minha clarividência, resultante de tantas tentativas frustradas, e que me levavam sempre a procurar a mesma fonte de pureza e inocência, ela, nesta altura, a idade já não permitirá segundas oportunidades. Assim terminou a minha história de amor com Luciana, que neste blogue se chamava Lúcia, e que foi o grande amor da minha vida, mesmo que vivido apenas por mim, de forma hiperbólica, na ressaca de todos estes anos, enquanto buscava algo ou alguém que me fizesse sentir completo e feliz. Nessa busca não encontrei ninguém, mas encontrei o que procurava dentro de mim, nas minhas memórias dos momentos passados com ela. Malograda a tentativa de resgate, resta-me a consciência de ter feito tudo o que podia e o que não podia, disposto a sacrificar o meu futuro profissional e o mais que houvesse, apenas para poder acordar todos os dias ao lado da mulher que amo, e poder abraçá-la infinitamente... Abraços esses que ficarão para sempre na minha memória e que serão a minha maldição eterna, por nunca ter conseguido voltar a encontrar alguém que me fizesse sentir no paraíso com apenas um abraço. Se eu fiz e disse tudo o que podia ter feito para podermos ficar juntos, e se essa pessoa responde que nada sente por mim, que mais poderia eu fazer? Nada. Absolutamente nada. E da mesma forma que a fui idealizando e aperfeiçoando na minha memória, resta-me agora fazer o percurso inverso, tentando desalojar a sua imagem de dentro de mim, onde mora há já doze anos. Sempre que penso nisto, repito a mim próprio: a mulher que me faria feliz não é aquela que toma a decisão de afastar-se, mas antes aquela que lutaria por mim e me seguiria até ao inferno, se necessário, para me resgatar, tal como eu faria com ela. Onde estará essa mulher então? Será que alguma vez irei conhecê-la? Se não surgiu até agora, que esperança posso ter de vir a encontrá-la? Temo que esse ideal seja apenas uma ilusão. Sei também que o tempo já escasseia... Tantos anos de frustrações, até com aquela que, ingenuamente, imaginava que me amava, não auguram nada de bom... Resta-me a solidão e as memórias desse curto espaço de tempo em que julguei ter alcançado a felicidade, ainda que, nessa altura, nem o sentisse nem o valorizasse, para recordar quando a morte me vier chamar. Acabou. E desta foi de vez. Não quero mais pensar. Fim.

quinta-feira, outubro 29, 2015

A vida não vivida dos pais



"Não há nada que tenha influência psíquica mais forte no ambiente circundante, especialmente sobre os filhos, do que a vida não vivida dos pais. Quando os pais descuidam a sua felicidade para procurar a felicidade dos filhos, deixam aos filhos uma herança má, uma má impressão do passado. Quem pensa muito na felicidade de seus filhos comete dois erros gravíssimos: não sabe procurar a felicidade própria, e os filhos, paradoxalmente, não aprendem essa arte difícil. Se os pais souberem amar a si próprios aqui e agora, os filhos aprenderão a fazê-lo. Adiar a felicidade para o futuro dos filhos significa deixar alguma coisa que não tiveram a coragem de realizar para a sua própria vida."

Carl Gustav Jung - O Desenvolvimento da Personalidade

sexta-feira, outubro 09, 2015

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