domingo, julho 20, 2014

Males que Vêm por Bem

Voltei-me a apaixonar... Por Júlia, uma colega de trabalho. Não consigo deixar de pensar nela, deito-me feliz e ansioso por voltar a vê-la. Mas, apesar de estar contente e bem-disposto só pelo facto de me ter voltado a apaixonar, algo que não acontecia há décadas e que duvidava que voltasse a acontecer, não tenho grandes esperanças. A única coisa que posso fazer é convidá-la para um café um dia destes e rezar para que aceite. Mas uma mulher daquelas não aparece todos os dias e já deve ter namorado. É lindíssima, inteligente, muito desenrascada e tem um coração do tamanho do mundo. A ver vamos...

Entretanto despachei N., já não podia com ela. Estive a ver o La Femme Infidéle do Chabrol, e já estava a fazer filmes a pensar que o namorado ainda descobre e me faz a folha. Fazia broches divinais, no entanto, há que reconhecê-lo, e mexia-se bem quando ficava por cima (praticamente nem tinha de me mexer).

No sábado passado, no final da noite, acabei por vir para casa de M., uma rapariga lindíssima que tinha conhecido há uns meses. Encontrei-a num bar, encostou-se a mim, deu-me um chocho, e pensei que estava no papo. Chegados a casa dela fomos comer, e eu podia ter avançado, mas só conseguia pensar em Júlia. Teria sido uma foda fácil, com uma rapariga lindíssima por quem há uns meses estava interessadíssimo, mas na minha mente Júlia, Júlia, apenas Júlia o tempo todo. No final tentei beijá-la só para descarga de consciência, mas ela já estava praticamente a dormir e fui para casa sem grandes problemas.

Nos últimos dias comecei a pensar que fui um bocado burro desperdiçar uma oportunidade daquelas, porque até me começou a apetecer foder para desviar um pouco a atenção de Júlia. Vai daí, Francisca, uma enfermeira de outra cidade que tinha conhecido há uns anos mas só recentemente tinha fodido à séria, desafiou-me, e lá aceitei fodê-la ontem. Arrependi-me logo, simplesmente porque não há química e ela não me atrai por ser demasiado magra, apesar de ser uma gaja fixe. Acordei com um vazio enorme, e se foder é este acto mecânico e sem sabor nem sentimento, acho que tão depressa não me meto noutra, mais vale masturbar-me... Ou então avançar em direcção à real thing e tentar as minhas chances com Júlia...

sábado, julho 19, 2014

The Horrors - Who Can Say

terça-feira, julho 01, 2014

A bênção do destino

Eu nem gostava dela no início, não era o meu tipo de gaja, não tinha vida, não tinha energia, faltava-lhe  o sangue na guelra, e não só na guelra. Ainda mais na última fase, adormecida por anti-depressivos. Só me arrependo de lhe ter pedido o dinheiro, aquela merda daquele dinheiro. Eu nem o queria, foi só por vingança. Se ela e ele se iam aproveitar do trabalho do meu suor, era o mínimo de dignidade do vencido não deixá-la ficar com tudo. Mas agora arrependo-me, queria devolvê-lo sem ter de vê-la, mas não tenho o número de conta nem a morada. Não quero vê-la, não posso mais olhar para aquela cara. Mete-me nojo. Um dia desdobrou-se em mil justificações porque não queria que eu fosse pensar que ela era uma puta. Também nunca pensei que o fosse achar. Mas aconteceu. Uma mulher que casa com um gajo que não ama pelo dinheiro dos pais dele é o quê? Não vale a pena remoer neste assunto de merda. Só queria ter devolvido a merda do dinheiro para não ter que pensar nisto e ter a minha consciência 100 por cento tranquila. Quando? Quando é que eu vou conhecer uma mulher a sério que me mereça, deixar de remoer nas tragédias do passado, e ser feliz? E olhar para estes factos dolorosos como uma bênção do destino?