domingo, janeiro 29, 2006

Sim, estou fraco, estou cansado, estou triste, na maior merda. Posso parecer derrotado, mas nunca o admitirei. Posso até chegar a oferecer de bandeja, àqueles que um dia me previram a queda (pelo ódio que lhes suscitava o meu olhar confiante, ou pela minha forma de nunca admitir um ponto fraco) a ilusão que é desta. Seria. Em muitos aspectos, dou-lhes a razão, assim, sem mais. Estou farto de errar, e continuo a errar sucessivamente. Admito agora os meus erros distantes, mas os mais recentes deito para trás das costas e fujo deles o mais depressa que posso. Só daqui a uns anos, quando já não for possível fazer nada, me aperceberei dos problemas que deixei por resolver perante os outros e perante mim próprio. Entretanto espero... Prepositadamente, até que já seja tarde demais, até que seja já de todo impossível voltar atrás. É a solução mais dolorosa. Mas também a mais fácil, e a mais eficaz.., pelo menos para os outros...
Tenho dias em que me sinto assim, cheio, farto de tudo... E de todos. De mim próprio inclusivé. Com a cabeça a ferver, como que prestes a explodir. Sem vontade de cumprir nenhum projecto, sem vontade de traçar nenhum objectivo. Não conseguir encontrar nada a que me agarrar, nem sequer as coisas que antes me davam prazer parecem constituir para mim qualquer escapatória, qualquer espécie de escape ou substituição para este tédio que me consome. Tudo à minha volta parece igual, descolorado, podre... Estou farto de tudo, das mesmas coisas, das mesmas rotinas, dos mesmos sítios, das mesmas cores... E nem sequer posso atribuir este estado a uma origem fisiológica, pois tenho levado uma vida relativamente "saudável". Estou farto. Já nada me dá prazer, já nada me dá energia, já nada me faz sonhar, já nada me faz mexer...

Já nem escrever, muito sinceramente. Fi-lo sempre para mim próprio, à luz da minha surreal subjectividade e embora por vezes possa ter sido interpretado, o que desde logo muito me preocupa, não me importa que pensem que vivi uma paranóia que fui alimentando com palavras. Eu próprio sei que fui construíndo este meu mundozinho, e traduuzindo as minhas alucinações mais rebuscadas. Sempre forma e serão, devaneios de um louco. Pena que a loucura por vezes me abandone, e me deixe orfão nesta sobriedade desoladora. Não me importa, embora por vezes doa. É que fazer o caminho de regresso à normalidade não é uma opção, é uma inevitabilidade. Que mal tem imaginar feedbacks que nunca existiram, se sempre o soubemos, e mesmo assim quisemos continuar porque isso nos dava prazer? Que mal tem falar no plural, quando se é lido no singular? Que mal tem ser lido no singular quando se fala no plural?

Escrevo estas merdas, porque é uma das formas que arranjo para comunicar comigo próprio.

terça-feira, janeiro 24, 2006

Máquina do Tempo

Muitas vezes dizem que sou uma pessoa pouco equilibrada, que tenho oscilações de humor repentinas, que sou de extremos, que mudo facilmente do 8 para o 80 e vice-versa em menos de um ápice. Não vou comentar, tenho a minha própria opinião acerca disso. Mas numa coisa concordo. As minhas mudanças de estratégia, e saídas de cena, essas sim são repentinas. Amuo facilmente, e as minhas birras são eternas... Mas não são tod@s um bocado assim? Contudo não são definitivas. Tenho o poder de conseguir perdoar, e não sou irredutível. Há que ter sempre em conta o contexto, e a pessoa. É a pessoa o factor que mais pesa, a ideia que temos dela, o carinho/amor/empatia que temos para com ela. Quem sou eu para julgá-las? E que factores terão essas pessoas em conta para me julgar a mim? Seja como for, reparei que @s outr@s são iguais, senão piores que eu nessa faceta... Quantas vezes ainda mais rancoros@s... Dizem que o tempo tudo faz esquecer... A questão não é o que faz esquecer, mas o que insiste em reter. Em mim retém demasiado. Demasiadas pessoas, demasiadas imagens, demasiados momentos, demasiados lugares, demasiadas histórias...

O meu problema é massacrar-me com o passado... com as memórias do passado. Com as várias memórias do passado. O meu passado tem nomes, mas já não conhece caras, já não conhece momentos, já não conhece memórias, já não conhece os rastos...


Traição? A única traição que me poderá ser apontada, é a de ter amado mais do que uma pessoa simultâneamente. Não traí ninguém, porque nunca consegui tomar uma opção.., que não fosse a de não tomar qualquer opção...

Não há máquinas do tempo, mas as saudades, essas sim são eternas...

domingo, janeiro 22, 2006

Soluções Milagrosas

Dúvidas sobre quem realmente seria o amor da sua vida?


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sábado, janeiro 21, 2006

AS BODAS DE DEUS

"-Merda, a princesa fugiu... Não faz mal, implantei a República!"
EVER TRIED, EVER FAILED,
NO MATTER, TRY AGAIN,
FAIL AGAIN. FAIL BETTER.


Samuel Becket

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Quitar a otros su libertad, es renunciar vilmente a la suya; porque no hay mas torpe esclavitud, que la de ser jefe de esclavos.

Vargas Vila

segunda-feira, janeiro 16, 2006

AS BODAS DE DEUS

Quando eu cheguei aqui acima
disse para os demais:
Fodam-se vocês agora
que a mim já não me fodem mais!