segunda-feira, janeiro 29, 2007

Abraço...

Vários acontecimentos alteraram as minhas perspectivas imediatas e decisões últimas. É certo que o facto de passar tanto tempo fechado em casa me tinha deixado a suspirar por paixões antigas, e que as mais recentes, pareciam de todo inviáveis, eram assunto encerrado.
No entanto tudo está diferente neste momento. Ou melhor, poderá parecer objectivamente que nada de concreto mudou assim tanto, mas a sensação permanente de prazer que arde dentro de mim, aliado a um optimismo inocente, energia exuberante, e uma sensação plena de bem estar tornaram as minhas últimas horas particularmente diferentes.
Voltemos atrás uns dias.... Há umas duas semanas convidei Laura por mensagem para me visitar. Era um dia daqueles que queria muito tornar diferente. Sentia-me muito só e queria passá-lo na companhia de uma pessoa especial que me fizesse esquecê-lo...

Laura demorou imenso tempo a responder e acabou por fazê-lo já muito tarde. Dizia que eu tinha que aprender que "as coisas não podiam ser sempre à minha maneira". Tinha ficado combinado que eu a convidaria nesta semana, mas o volt-face súbito que acabou por confirmar o fim da relação tinha aparentemente chegado mais cedo. Durante a tarde falei na net com Lúcia, a minha ex-namorada que ainda hoje me deixa louco de desejo e a querer irracionalmente voltar a estar com ela e reviver aquela inocência louca que me fazia esquecer tudo e embarcar numa realidade que por momentos parecia deslizar ao dobro ou triplo da velocidade... É justo falar aqui um pouco mais de Lúcia. Lúcia foi a minha amante durante dois anos, e se ousasse querer chamar ex-namoro a algum dos meus casos recentes seria concerteza a minha relação com ela que estaria a referir (enquanto escrevo isto dei por mim a mudar de roupa e a ver-me ao espelho. Gosto de ver o meu corpo enquanto me dispo ou no final do banho, e fico excitado com isso. Não sei se a maioria das pessoas o faz, acredito que sim, mas o facto de ter três espelhos no quarto e de me "esfregar", tocar e exibir poses enquanto o faço talvez reflicta bem o grau de narcisismo, de testosterona, de erotismo e em última análise da activação líbidinal que me faz partir tantas vezes, nem que seja em abstracção, em busca de uma mulher que me retribua essa partilha de uma forma satisfatória). Bem, não sei se foi por falar em Lúcia que fiquei neste estado de excitação, mas é sem dúvida ela que me preenche um recanto de memórias satisfatórias e enriquecedoras que tenho a esse nível... Ela concerteza não iria gostar de ouvir isto. Lúcia sempre me tentou domesticar numa relação séria e queria que eu gostasse dela não por desejo sexual mas por razões de afecto ou mais "elevadas" sentimentalmente. Penso que essa sempre foi a razão principal da nossa divergência. Lúcia era mais nova que eu três anos, e tinha um contexto muito diferente. Para começar era como que "inocente", embora essa maneira de ser "naif" fosse uma das características que me deixava absolutamente fascinado por ela. Aos 21 anos ainda nunca tinha tido uma experiência sexual digna desse nome, e o seu desejo ardente de recuperar o tempo perdido, instinto e jeito naturais deixavam-me louco (bem como o seu corpo perfeito)... Contudo isso não a satisfazia plenamente e muito pelo contrário deixava-la, nos últimos tempos, profundamente infeliz. Nos primeiros meses ela estava-se nas tintas para relações, e o facto daquele caso representar uma aventura secreta com um amante que encontrava algumas vezes por semana, marginal e "louco", parecia simbolizar para ela uma vida paralela em que podia ser tudo aquilo que reprimia na sua vida normal (importa dizer que era educada numa família conservadora, era extremamente dependente e controlada pelos pais com quem ainda vive, para além de que tinha poucos amigos e padecia de solidão. No geral, pode-se dizer que a sua vida era entediantemente "certinha" e normal...) No entanto, embora a minha paixão por ela fosse diminuindo em sentido inverso ao que aumentavam as nossas discussões, o meu desejo nunca diminuiu. Ainda hoje a recordo e a desejo com a mesma "paixão" que tinha por ela na altura (muitas vezes revivo esses momentos e fico louco de vontade de vontade de voltar a estar com ela), embora ironicamente a nossa relação tenha acabado porque eu não estava apaixonado por ela (pelo menos na mesma medida em que ela estava apaixonada por mim). Eu gostava dela, mas admito que não era amor. Era um sentimento de profunda cumplicidade, amizade, carinho e afeição envolvida por uma carga erótica avassaladora. Nunca consegui dar esse passo em frente porque no fundo pensava que ela não era a mulher da minha vida, e pelo menos não me desafiava a nível intelectual a desistir de todas as outras, embora fosse uma excelente pessoa e sem dúvida a melhor confidente que tive até hoje, e a que mais profundamente conheci e me conheceu. A relação teve inúmeros problemas e discussões que me faziam querer terminar aquilo quanto antes, mas no geral foi das melhores que tive até hoje a todos os níveis, embora não tenha tido assim tantas tão duradouras. Confesso que por vezes me imaginava a viver com ela daqui a uns anos, mas as discussões eram intermináveis, e eu tinha necessidade de me libertar e ir à procura... Ela pelo contrário só recorda os maus momentos, e culpa-me por ter vivido aquilo que relembro com tanto prazer... Outro aspecto curioso é que a carga erótica que sentia por Lúcia não sinto na mesma medida por nenhuma outra mulher, nem pelas que me estimulam intelectualmente... O que me deixa a pensar que terei de encontar uma que faça sentir preenchido nos dois níveis, ou então terei de fazer uma opção. Mas como eu sou um pouco narcísico e penso que tenho as duas características para oferecer vou continuar a minha busca... E pronto, finalmente falei aqui de Lúcia, o que nunca fazia antes porque ela na altura tinha conhecimento deste blog. Tudo isto porque falei com ela na internet, e reparei que ainda sinto todo este desejo por ela... Não a ponto de querer interferir numa "relação de namoro séria" que ela sempre desejou e que agora tem (com um gajo qualquer que presumo lhe dá tudo a esse nível, mas que duvido a faça esquecer o que viveu comigo a outros níveis...), mas a ponto de precisar dela como amiga e ao mesmo tempo reviver um conteúdo erótico que por muito que saiba que nunca se irá voltar a concretizar, me deixa mais louco do que nunca por ela... Ela não vai concordar comigo em querer manter esta amizade porque é um pouco conservadora neste aspecto (e não confia nas minhas boas intenções de uma "amizade hedónica", embora sejam sinceras) e pelo pouco que falei com ela, tenho para comigo, que este sentimento é mútuo... Ela ainda me deseja tanto como eu a ela, e evita falar comigo porque nessas alturas percebe que este desejo é real e ainda muito forte. Lembra-me fisicamente a amante de Fellini em Oito e Meio, e ao mesmo tempo reflectia o sofrimento da sua mulher...

Resumindo, não quis sair comigo, e acabei por passar este dia especial completamente sozinho. O destino não caíu para nenhuma destas opções. Uma terceira alternativa, embora muito inviável era Lisa, uma colega de turma com um corpo de modelo deslumbrante, alta, de cabelos alourados brilhantes e muitíssimo bonita. Sempre a achei um pouco acima da minha "liga" a nível físico, mas nem por isso a deixei de desejar por uma noite, o que já esteve pertíssimo de acontecer. Mas intelectualmente deixa muito a desejar... Era para passar pela tarde para trazer uns apontamentos, mas também não se confirmou. Aquele que deveria ter sido um dia especial, que precisava que marcasse o rumo dos próximos tempos, acabou por ser um dia de merda...

Uns dias mais tarde Laura visitou-me, tivémos uma das nossas melhores noites de sexo, com direito a tudo, ficou um pouco enquanto falámos, disse que era a última vez, vestiu-se e foi-se embora. Um pormenor importante: o ex-namorado chega esta semana a Portugal para visitá-la e vai ficar hospedado em casa dela. No princípio ela queria manter a relação e mesmo com ele cá queria que eu ficasse em casa dela, mas ambos acabámos por concordar que esta seria a melhor altura para terminar. No final disse que aquela seria a última vez, e embora me pareça provável, disse-lhe que tinha as minhas dúvidas... Falei por mensagem com Vanessa, com quem vinha trocando uns toques de telemóvel, mas que nunca mais tinha voltado a ver (com a promessa de um café que não vou concretizar) e voltei também a restabelecer um certo grau de confiança com Vânia com quem também falei na net (e que voltei a desejar físicamente) e com quem tamb+em ficou apalavrado um café que também me apetece deixar passar...

Entretanto mais uns dias de aborrecidíssima normalidade se passaram, até que surgiu.., Guida... Guida enviou-me uma mensagem de telemóvel a dizer que me queria ver e falar comigo, e verdade seja dita, também lhe tinha voltado a enviar um toque numa daquelas noites (mandei a outras igualmente). Voltámos a falar na net, e para meu espanto, ela ensaiou tentativas de reconciliação, reaproximação e até algo mais... Convidou-me várias vezes para sair, o que eu fui rejeitando com a desculpa dos exames, e para meu espanto até admitiu que aquela tarde tinha sido especial para ela e que queria muito repeti-la. Confesso que ainda estou para perceber a que se deve esta mudança súbita de atitude. Embora me apetecesse sair com ela, conheci entretanto uma rapariga mais velha, de 27 anos, que me pareceu bastante interessante e acabei por marcar para o mesmo dia em que tinha rejeitado sair com Guida. Eu sabia que ela continuava a sair com Hélder, e como eu previa acabou por sair com ele nessa noite. Foram ao teatro. Eu esperava encontrá-los depois no café, salvaguardado, para saber como ela reagiria, mas o facto é que o meu conhecimento recente acabou por desmarcar. Passei a noite de sábado no café com amigos quando encontrei Guida, que cumprimentei rápidamente e que me disse que iria para a discoteca rock. Eu acabei por ir a uma festa numa casa particular que estava a abarrotar e onde encontrei Hélder. Depois fomos juntos para a discoteca rock, lá para as cinco da manhã, onde estava Guida. Podia ter ido sózinho, mas a verdade é que preferia ir com Hélder, que considero como um dos meus melhores amigos, suceda o que suceder (havia falado com ele durante a semana acerca de Guida, e embora ele confessasse não ter interesse nenhum por ela e me encorajasse a avançar, estava na verdade apaixonado, embora céptico). Por outro lado era também interessante saber como reagiria ela à presença de nós os dois. O resultado foi surpreendente. Depois de uma fase inicial em que eles dois mantiveram contacto por alguns momentos, Guida concedeu-me a maior parte da atenção durante a noite. E não parecia ser o mesmo tipo de atenção que lhe dava a ele, parecia uma atenção especial. Estivémos ali na conversa por alguns momentos, e embora eu estivesse na defensiva, Guida deslumbrou-me novamente com o seu encanto e dei por mim a flutuar com ela numa espécie de universo paralelo. Tudo o resto à volta desapareceu, excepto quando ela falou uma ou outra vez com Hélder, embora isso não parecesse suficiente para me tirar a mim ou a ela daquele estado de hipnótico de transe, nem mesmo quando ele me disse que tinha ido jantar a casa dela nessa noite. Saímos do bar, quando já tinha amanhecido, e cá fora a química dos nossos primeiros momentos parecia-se multiplicar vezes sem conta... Todos os outros haviam partido enquanto nós continuávamos a falar, a brincar, a abraçar-nos e a ensaiar inúmeras despedidas... Depois de um beijo mágico que parecia querer resvalar para a boca, ficou a promessa de um jantar na segunda-feira, proposto por ela, e que concerteza servirá para reavivar este estado de transe permanente que não pára de crescer... Não páro também eu de pensar nela o tempo todo, e parece que ainda sinto a sensação daquele abraço no meu corpo... Não tenho dúvidas. Estou apaixonado...

terça-feira, janeiro 16, 2007

Saudade

Os dias sucedem-se a um ritmo vertiginoso, e os pensamentos também. Deixei de pensar em Guida, e até estranhei que assim fosse. Nunca mais voltei a falar com ela. Voltei a pensar numa ex-namorada recente, Lúcia, e muitas vezes dou por mim a desejar voltar a estar com ela. Pensei ainda em algumas mais antigas. Nunca hei-de perceber o que significa a palavra amigo no dicionário das mulheres. Eu nunca fui o amigo. Fui sempre o amante ou o conhecido. Acho que não existe amizade pura entre um homem e uma mulher. Há sempre um encantamento mútuo. E por isso nunca soube o que pensar do outro, a quem elas chamam amigo. Recordo-me de que nessas alturas, quando a proximidade do amigo era sempre maior do que a minha, acreditava que tinha um trunfo, que aqueles olhares e aqueles momentos seriam suficientes para ela gostar mais de mim. Mas o outro estava lá sempre, podia falar horas a fio com ela, podia vê-la todos os dias, várias vezes ao dia enquanto eu me tinha de contentar com pequenos momentos que revia constantemente. Apesar de tudo,acreditava que ela escolheria esperar por mim, e que ele para ela seria sempre e apenas um amigo. Mas desisti uma e outra vez, e nunca fiquei a saber se ela se ela no final ficava ou não com o amigo nem tão pouco em que medida gostava dele... Estes dias sozinho têm-me deixado introspectivo. Sabe bem para um pouco e viajar pelo passado e pelas recordações, e até mesmo desejar revivê-lo. Mas nunca por muito tempo... Quando começo a olhar para as fotos, sei que é altura de parar, mas nessas alturas nunca me apetece para imediatamente... E quando tudo corre mal, elas ainda têm o amigo que as impede de bater no fundo. Eu nunca assim estive apaixonado por ninguém, e nunca nenhuma rapariga me chamou amigo... Náo consigo tirar uma conclusão lógica. O Homem e a Mulher são terrívelmente possessivos quando apaixonados...

No Café

Reencontrei-me com Laura para tomar café, e voltei a apaixonar-me por ela. Acabámos por ir para a cama. Ela ainda me atrai bastante, mas não o suficiente para querer estar sempre com ela. Fiquei de voltar. Sem compromissos nem datas marcadas. Acho que ela está a gostar mesmo a sério de mim, e isso assusta-me...

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Laura

E depois há Laura. Ajudou-me em tempos difíceis, tivémos muitos bons momentos, dormíamos práticamente todas as noites juntos e quando teve de escolher não hesitou em me escolher a mim. Mas há um senão. Já não estou apaixonado por ela. Bastou começarmos a "namorar" para eu me sentir terrívelmente preso e ansioso por sair daquela situação. Estive de facto apaixonado por ela, mas sempre tínhamos dito que não ía ser nada sério e isso deixava-me à vontade. Acho que as minhas paixões não duram mais do que dois meses...

Ela ligou-me nas férias, mas fui um bocado seco e insensível com ela. Depois não voltou a ligar, nem eu lhe voltei a ligar a ela. A ver, o que dá...

Jogos



Guida respondeu ao meu toque passado uns dias. Não enviei mais nenhum. Mandei-lhe um olá mais tarde no msn mas não respondeu. Passados uns dias tentou falar comigo por duas vezes também no msn. Também não lhe respondi. Não me apetece andar com joguinhos. Se não quer responder não responda, eu também não tenho paciência nem lata para fazer mais nada. Acho que o sentimento daquela tarde, que me parecia ser mútuo se desvaneceu...

Mas a surpresa chegou no sábado. Não queria falar aqui do meu amigo Hélder, mas é inevitável para compreender a história. Quando conheci Guida na noite, andava a atravessar a minha efémera fase de Casanova. Não queria mais do que levá-la para a cama, nessa altura. Então no final da noite contei que a tinha conhecido ao meu amigo Hélder, que me contou que conhecia o grupo de amigas dela. Encorajou-me e disse-me que ela era uma gaja fixe, apesar de a conhecer mal.
Eu fiquei com o número dela, ou melhor, ela com o meu, e disse-me que depois me mandava uma mensagem quando voltasse a ir à discoteca. Assim foi. Mas nessa noite encontrei Hélder a falar com ela. Cumprimentei-os mas eles continuaram a falar praticamente a noite toda. Ele parecia bastante interessado nela, e eu na altura estava-me nas tintas por isso passei a noite a dançar e a conversar com outras pessoas. Não me quis meter. De resto conhecia gajas novas praticamente todas as noites e não fiz caso. Desse o que desse aquela conversa entre eles, a mim não me interessava verdadeiramente.

A história só me começou a cheirar mal quando Hélder me contou que os dois saíam juntos para tomar café, e que trocavam mensagens com frequência entre eles. Apesar de me ter sentido um bocado mal com a situação encorajei Hélder para avançar, embora aquilo me parecesse uma traição. Mas, era sempre ela que tinha a última palavra, e se ela o curtia eu não tinha nada com isso. Entretanto envolvi-me com Laura, e como Guida me viu várias vezes com ela, algumas até em considerável intimidade, desisti completamente de tentar seduzi-la, apesar de ter achado várias vezes que gostava dela. De facto, das poucas vezes que voltámos a estar sozinhos e a conseguir ter uma conversa, pareceu sempre que havia ali uma forte atracção que não permitia esquecê-la, e assumia que ela sentiria o mesmo em relação a mim. Procurava inclusivé desculpas para terminar com Laura, porque não deixava de pensar nela...

Depois dessa tarde que passei com Guida, esse sentimento voltou ainda mais forte. De facto, ela parecia sinceramente que sentia o mesmo, e mostrou grande vontade de voltar a ver-me. Disse inclusive que me ligaria durante as férias de Natal, e eu tentei dissuadi-la dizendo que não era preciso. Mas o toque que lhe mandei uns dias mais tarde visava justamente ver se ela ainda tinha esse sentimento presente. O facto de não ter respondido logo naquela altura, e o facto de não ter voltado a tentar contactar comigo mais vezes ou por telemóvel, fizeram-me a pensar que não se lembrava, que não queria pensar mais em Guida...

Mas o final definitivo da história chegou depois. Eu continuava a saber que ela e Hélder saíam constantemente. Mas quando lhe perguntei se tinham uma espécie de amizade colorida, disse-me que não sentia rigorosamente nada por ele e que era meramente um amigo, uma espécie de "irmão mais novo". Nunca acreditei muito nessa classificação, mas no passado sábado quando recebi uma mensagem para mim assinada por ele (para combinar uma jantarada) enviada através do número dela, deixei de acreditar por completo... Não posso ficar chateado, até porque ele é uma boa pessoa e a conhecia primeiro. E principalmente, porque é sempre ela quem escolhe no final de contas. Se me desejasse realmente a mim, teria feito as coisas de forma diferente. Se não o fez das duas uma. Ou não tem interesse, ou é imatura e tenta fazer joguinhos infantis, e eu nisso não entro. Case closed.

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Toque

Não parei de pensar em Guida nestes últimos dias. Ou melhor, nestas últimas noites. A solidão da noite invade-me o pensamento com desejos platónicos das mulheres que habitam a minha cabeça. Pensava que estava curado. Mas não. Não conseguia parar de pensar nela noite após noite, numa ânsia que me desconcertava e revoltava ao mesmo tempo. Não quero pensar nela. Se algo acontecesse seria óptimo, maravilhoso. Mas o que não aguento é estar permanentemente a construir expectativas que provavelmente nunca irão acontecer. Luto contra isso. Mas é um esforço inglório, que acaba por resultar em obsessão.

Vai daí, e uma destas noites não aguentei. Mandei-lhe um toque. Precisava de lhe comunicar que estava a pensar nela. Aguardei por uma resposta, por uma correspondência que chegou sobre a forma de nada... Respondeu-me com a sua não resposta. Não me arrependi de o ter feito. E não fiquei transtornado com a sua não resposta. Interpretei-a e aceitei-a. Agora sei que estes pensamentos não são correspondidos, que a saudade e o desejo não eram simultâneos. Sinto-me aliviado...