Demência
E pronto, lá se foram todos os paninhos quentes, e a merda do existencialismo racionalista a que recorria constantemente (quando convinha provar que se estava a melhorar), tipo comprimidos para crises de demência que me davam de vez em quando, e blá blá blá, para o caralho... Lá se vai todo o trabalho que tive, para, depois desta merda se ter tornado do conhecimento público (com a perda do anonimato), me manter nos limites do razoável, do isento e do dúbio (e conseguir andar na rua). Lá se vai toda a minha segurança. Agora já sabem que sou doente e que escrevo estas merdas. A verdade é esta: Estou doente. Mais. Estou demente. O meu subconsciente tomou a sala de controlo. Eu sei que a culpa não me é alheia, e que ninguém contribuiu para que esta merda acontecesse. Mas aconteceu. E por muito que me tenha tentado convencer de que isto com o tempo, eventualmente irá passar, a verdade é que até agora não passou. Já lá vão meses, senão anos. E mudar parece que não foi solução. Fugir também não, porque não se pode desaparecer eternamente. Passará, eventualmente, mas se para isso vou ter de continuar por tempos infindáveis com este pensamento torturante constantemente no pensamento, então mais valeia fazê-lo de uma vez por todas e ignorar todas as más consequências que daí possam advir... A única razão pela qual não o fiz antes, foi única e exclusivamente porque não quero prejudicar ninguém com isto. Se o fizer realmente, só espero que não seja mal interpretado, e que me ignorem. É que eu já devia ter esquecido esta merda. Se conseguisse pô-lo em prática, não demorararia muito tempo... Mas não. Depois apercebo-me de que já não há margem de manobra para reflexões de última hora. Não há-de ser nada.
2 Comentários:
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Oi Ricardo... adoro o seu blog, e, ao contrário do que vc pensa, eu leio todas as suas palavras.
Adicionei o seu blog aos meus links favoritos. E sabe do que eu mais gosto? Do jeito como vc coloca as coisas, que são coisas que eu tmb vivo e sinto e não sei transmitir.
Os amores de verdade, atormento toda a nossa existencia, no começo atormentam exageradamente e eu acho que com o tempo isso perde o pouco a força, mas esse tormento nunca acaba. Eu carrego um tormento desse há 7 anos e já tentei de tudo, mas essa batalha perdida de cara... e o amor, esse hipócrita, venceu de novo.
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