Escrevendo...
Acabo sempre por voltar aqui, mesmo quando me tento convencer que já passou esta necessidade terrível de voltar a escrever. Uma das razões que me permite voltar, é acreditar que estou curado e que o meu bom senso me deixará parecer lúcido e asséptico. Indiferente e distante, à semelhança da realidade, e da objectividade formal da mesma.
Puramente. Sempre que cai a madrugada desenrola-se o mesmo processo dentro de mim. A imagem emerge avassaladoramente do profundo da minha e não consigo ignorá-la. Projecto sucessivamente toda a minha insanidade em complicadas catarses mentais que vão sempre dar ao papel. Mau não é escrever. É o acto da escrita em mim. As palavras neste papel parecem ter um sentido específico. E continuam a escrever-se...
Vai continuar. Vou continuar assim. É estranho. Seja lá. Não terá que ser necessáriamente mau... Ainda sinto...Não!!! Puro engano. Chega! Queria escrever... Não. vou escrever nada. Não consigo também. Escrevo sobre o nada. O meu nada que tudo...
não ter cruzado as linhas e transpôsto a ténue fronteira da realidade pois não sou louco não escrevo para ser lido porque sonho ainda fazer todo o sentido que não faça escrevo
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