A vida são dois dias... E eu já desperdicei um dia inteirinho só para chegar a esta conclusão.
sábado, setembro 30, 2006
sexta-feira, setembro 29, 2006
Últimos Dias
terça-feira, setembro 26, 2006
terça-feira, setembro 19, 2006
domingo, setembro 17, 2006
Passado Presente
O passado afinal repete-se ciclicamente. Dei por mim a reler estes textos, e parece que foram escritos neste preciso momento. Mudam os personagens, mas a história é a mesma...
(Repost de um texto antigo) Memórias de Um Louco: Consciência de Um destino Normal
Sabe muito bem que ela irá acabar por ficar com ele,
e deverá passar uma bela vida, cheia de normalidades...
E o senhor, por seu lado, a continuar nesse caminho,
também não se poderá vir a queixar de sua sorte...
-Se é assim tão simples,
porquê então indomável pensamento,
gritos das profundezas escuras e misteriosas
ressurgindo do dentro,
com tamanha violência e obscuridade?
Continuo a quere-la e deseja-la..,
de forma ansiosa e doentia.
Penso..,
demasiadas vezes,
e demasiado tempo.
E fico extremamente nervoso,
quando escuto os ponteiros do relógio.
Assustado, mas semi-conformado, assumo.
Nunca vou poder contempla-la plenamente...
-Sim, mas também tem consciência que a paixão é relativamente recente, e com o tempo deverá passar...
-Muito provavelmente...
Mas mesmo assistindo ao certo desfecho..,
e a esta distância,
do caminho diferente,
continuo a sonhar muito com ela
e a deseja-la intensamente...
Talvez ela própria saiba,
e pense nisso com regularidade.
Pensará ela também?
-Vou-lhe ser sincero. Se não sabe, temo que nunca chegará a sabê-lo.
Back To Real Life
quinta-feira, setembro 14, 2006
11 de Setembro
Mas se quiserem tirar as vossas dúvidas, vejam o documentário Loose Change que alguém conseguiu meter a passar no canal 1 (encoberto no meio da tradicional propaganda sensacionalista), e que deixou o Pacheco Pereira à beira de um ataque de nervos, e a afirmar na mesma televisão pública que este filme deveria ter sido censurado,para logo a seguir exigir a cabeça do "ousado inergúmeno"... Quanto à tão anunciada "restrição" dos direitos adquiridos, o tal peixeiro pereira não se importa, porque isso nos trará, claro está, mais segurança. No mundo assim, sinto-me realmente livre e protegido...
Cruzamento
Estou num ponto crítico da minha vida. Dentro de dias ou semanas, tudo pode correr incrivelmente bem, e em pouco tempo atinjo o paraíso na terra. De um momento para o outro posso realizar um sonho e ter uma oportunidade com a qual não se atreve a sonhar o mais comum dos mortais. Uma volta de 180º na minha vida, que a partir daí nunca seria igual. Ou então tudo pode correr como habitualmente, o que se traduziria essencialmente pela inevitabilidade de voltar à vulgaridade da minha monótona existência, simplesmente com mais uma frustração acumulada na bagagem. Não que as probabilidades sejam favoráveis porque pelo contrário são incrívelmente diminutas. Mas existem. E não, não estou a falar de mulheres. Já não considero que isso possa trazer grandes mudanças à minha vida, ou que seja um factor de sorte, ou até que dependa minimamente de mim. A todas aquelas que desejei dei pistas, e se não o entenderam foi porque não me desejavam verdadeiramente, ou então não tinham capacidade suficiente para amarem alguém que não a si próprias...
Mas voltemos ao essencial. Se eu tiver sorte, tudo mudará vertiginosamente, e nunca mais nada voltará a ser como antes...
sexta-feira, setembro 08, 2006
Sobrevalorizamo-nos... Criamos expectativas demasiado elevadas sobre nós próprios, e passamos a vida infelizes pelo facto de os outros não nos darem o mérito a que julgamos ter direito...
E no entanto, esse valor nunca pode ser precisado. Mesmo assim alguns de nós são particularmente maus a calculá-lo, e as aproximações que fazem são desastrosas. Claro que toda a interpretação é única na sua singularidade, mas há certas margens de limite às quais não se consegue pura e simplesmente escapar...
O acaso deu-nos as cartas. Chamar-lhe-emos sorte ou azar, de acordo com o jogo que temos e também consoante a capacidade que tivermos para interpretá-lo...
quarta-feira, setembro 06, 2006
O FIM DAS TREVAS
Não há (ou não deveria haver) períodos uniformemente classificáveis, é certo, mas se tivesse de agrupá-los diria que este Verão marca decisivamente o fim de um longo período negro da minha vida, que parece ter durado no mínimo uns três anos. Claro que muita coisa agradável se passou ao longo desse paríodo, mas o cenário de fundo nocturno estave sempre lá, e as cervejas de cada noite pareciam sempre uma espécie de suicídio descartável... O momento em que se caía na cama parecia sempre a morte improvisada, e no outro dia uma branca na cabeça parecia assegurar que nada de mal se passava... Não é que tenha conhecido alguém, ou que o sentimento de solidão e de "vaga por preencher" tenham desaparecido, pois continuam tão ou mais presentes do que nunca (diria até que estão mais vincados, depois da retirada estratégicamente cobarde da minha amiga e confidente Lurdes). Talvez seja da desintoxicação física, talvez seja do trabalho, talvez seja dos dias que passei na praia, talvez seja pelo entusiamo que começo a dedicar ao trabalho, talvez seja pela sensação renovada de liberdade, talvez seja por tudo isso e por outros tantos aspectos...
O principal facto é que pareço voltar a sentir muito bem comigo mesmo, e a auto-confiança de outros tempos parece ter chegado para ficar. Já não pretendo ser perfeito, e sentimentos de inferioridade é coisa que já não pareço experimentar. O facto é que agora me estou completamente nas tintas para o que os outros possam pensar de mim, e acho que nunca a opinião pública alheia me pareceu tão irrelevante.
Há no entanto outras coisas importantes que se perderam, sendo a mais importante delas o afastamento de Lurdes, numa altura em que a minha paixão por ela renascia e os momentos com ela vividos me pareciam mais importantes que nunca. Mas quanto a isso, pouco haverá a fazer. Costuma-se dizer que quando umas portas se fecham, outras se abrirão. Será que assim é de facto?
Recuperei a alegria de viver. Todo um mundo novo se parece abrir à minha frente, pois agora pareço conseguir analisar tudo a partir de uma base mais sólida e sem aparentes abanões ou inseguranças no alto do meu egocentrismo. A partir de uma pré-disposição positiva, as fontes de bem-estar parecem ser infinitas, ainda que abstractas. Um paradoxo curioso, já que o meu novo lema parece dar pelo nome de pragmatismo...