sexta-feira, maio 13, 2005

Fora daqui, seus abutres selvagens que se alimentam cobardemente dos despojos das almas embriagadas e cegamente envolvidas na sua busca introspectiva pessoal, para se sentirem um pouquinho melhor na vossa própria pele de miseráveis. Se continuam a vir até aqui, e pior, se ousam interpretar e tirar conclusões das palavras tecidas ao abrigo da maior abrangência de subjectividade que é permitida neste mundo, posso então também eu concluir que o verdadeiro louco não sou eu... Serão sim, vocês. E agora desapareçam, que este espaço é meu, pertence-me, e aqui faço, digo e escrevo aquilo que quiser. Fodam-se todos! Agora sim, podem interpretar isto... directamente e sem rodeios: desapareçam para sempre, seus frustradozinhos de merda que apesar de nunca terem ousado enfrentar o vosso reflexo num espelho, pensam poder julgar algo que nunca conseguiram admitir em vós próprios.

quarta-feira, maio 11, 2005

Esta é daquelas alturas, em que ou escolho deixar de vir aqui definitivamente, e de alimentar a minha ilusão, ou me lanço nisto ainda mais a fundo. Mais ainda no fundo do que já estou? Lançar-me-ia de boamente, pois é essa a minha ideia idealizada desde há muito. O problema é que não me consigo fazer passar, por intermédio de um fio. Custa-me muito, deixar desta forma a minha alma escancarada, ao sabor da curiosidade alheia. Custar-me-ia bem menos, avançar lentamente ao encontro das palavras que sonhei um dia ouvir, pronunciadas pelo olhar que um dia me quebrou a fachada, e me desmontou por dentro até ao dia de hoje. Até este preciso momento. E se o continuo a sentir tantas e tantas vezes, acabando sempre por se sobrepor no final a todas as outras vozes que me circundam, cada vez mais o entendo como natural e belo, e não como necessário, ou de qualquer forma negativo. Porque por mais dúvidas que houvessem, no final muitas foram deduzidas por mim próprio, por meio de interpretação puramente subjectiva, mas que é a que quero continuar a ter para mim. Assim o fosse realmente, e existisse de forma plena em nós. Em nós dois, simultânea e directamente, para que não restassem quaisquer dúvidas. Assim ela o fosse a tempo, em tempo que fosse o nosso, só porque ambos assim o quisemos. Sem ter que depender de mais nada, nem de mais ninguém. O ponto de conexão entre duas almas, que não se temeram, não se esconderam de si próprias. Antes se encontraram, e existiram, por quanto assim se permitiram.

quarta-feira, maio 04, 2005

Se isto fosse verdade, seria real. Não consigo estar bem, enquanto for alimentando esta agonia que trago no pensamento. Se sentisse que havia, vontade de reabilitar, alimentaria a ilusão. Não se trata apenas de uma questão de descrédito, como possa por vezes tentar fazer passar. Reconheço que tantas vezes exagero, deixando de acreditar precipitadamente nas coisas, intuitivamente. Neste balanço final, contudo, não ouso descartar nada, nem cortar a direito. Há muitas situações que foram desastrosas. Algumas brutalmente cruéis, e talvez, irreversíveis. Contudo, as razões que as motivaram, permanecem ainda hoje, desconhecidas. Se apesar de tudo, se conseguiram extrair algumas conclusões, essas nunca poderão provar que os estragos determinados por uma certa situação, seriam mais ou menos devastadores do que os de uma hipotética outra. O ponto essencial para mim, é, e sempre tem sido, fazer o que me parece o mais correcto. No passado, ontem, hoje, neste preciso momento... A realidade é constantemente analisada, a cada segundo. Não vou censurar-me eternamente por ter tomado esta ou aquela atitude outrora, porque por muito errada que possa parecer hoje, foi a que realmente urgia acontecer, fruto de inúmeros factores determinantes, que analisados então, pareceriam válidos. Não compreendo esse julgamento. Por vezes, cometemos erros irreversíveis, outras vezes nem tanto. Mas a vida continua. Cabe a cada um de nós decidir o que quer fazer com ela. A cada instante. E é por isso que o ontem não determina matematicamente o hoje negativo. Os valores que levaram a um quociente, apenas quem o calculou conhece. O que neles pesa são sempre conjecturas muito mais alargadas, que nunca vou conseguir descobrir. Mas se a sua análise, depois de tudo somado, continua a ser a desconfiança, e a conclusão a desistência, então sou forçado a compreender essa decisão. Até certo ponto...


terça-feira, maio 03, 2005

Esclarecedor

Só precisava de uma resposta. O desprezo propositado, independentemente das razões por detrás de tal sentimento, é suficientemente esclarecedor para mim. Não fico magoado, nem sequer abalado por qualquer problema de consciência. Nem sequer arrependido por tê-la interpelado.

As Asas Do Desejo...

segunda-feira, maio 02, 2005