domingo, outubro 01, 2006

Reframing...

Cheguei a um estado tal, que já não me consigo auto-mutilar sentimentalmente por causa de ninguém. Acho que não há ninguém que o valha. E sinceramente acho que já não há ninguém que o consiga. Já sofri tanto com as pessoas, com as mulheres, com as paixões que me tornei imune. Insensível a todo o acto que descodifico como tentativa de me manipular ou de me magoar. Estou num nível tal de auto-estima, que não consigo simplesmente achar ninguém superior a mim, ou mais poderoso do que eu. Tenho pleno controlo sobre mim, sobre a minha vida, e sobre os meus sentimentos. Não preciso de agradar a ninguém, sou como sou e acabou. Quem quiser ganhar a minha confiança tem que me tratar bem. Quem me pisar o rabo, ouve de imediato um vai para o caralho ou vai-te foder, e terá de encarar isso como um fim imediato.

Cada qual tem a sua própria concepão do mundo e percepção da realidade. Quem quiser compartilhar a sua comigo, desde que seja simpática e interessante poderá fazê-lo. Quem me quiser impôr a sua, não verá nem mais um segundo do meu tempo desperdiçado. Já perdi demasiadas oportunidades na minha vida, por insistências despropositadas na ideia de encher poços sem fundo, que ainda hoje continuam a pensar que têm razão. Autênticas Madames Bovary que continuam à espera que um médico encantado que lhes venha lamber as botas. Eu prefiro ser o Conde.

Este fim de semana vi o filme Anything Else de Woody Allen. A história de um jovem inexperiente que, apaixonado por uma dessas mulheres que gostam de manipular quando sentem o poder, metia dó de ver tão estupidificado e vergado às vontades e caprichos da sua Amanda. E os actores interpretaram os papéis na perfeição, diga-se.

Acho que entre um homem e uma mulher se joga sempre um jogo de poder. E os meus limites para as cedências nesse aspecto já se esgotaram há muito. Já dei para esse peditório bem atrás na minha adolescência. Bem, e para finalizar diga-se que até me revejo um pouco na Amanda na forma inteligente como consegue saber exactamente como o deixar cada vez mais louco. É como já tivesse visto o filme, como já soubesse a história. Tenho esse nbível de conhecimento, simplesmente não o uso com o mesmo fim perverso e manipulador que ela o faz. Mas consigo reconhecê-lo à distãncia...




E tive um grande fim-de-semana. Nos últimos dias fartei-me de conhecer mulheres, fui para cama com duas desconhecidas na própria noite em que as conheci (na mesma semana) e descobri que a felicidade está nestes pequenos momentos. Também meti branca com os meus amigos. Ah, e descobri também que as mulheres espanholas são muito mais emancipadas que as portuguesas. Pelo menos a que conheci ontem. Mas o melhor mesmo é testar a teoria com um número considerável de amostras, antes de chegar a uma conclusão definitiva...

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Ora...neste teu post encontrei um pouco de muita coisa. Ironia, perspicácia, seriedade, brincadeira, desgosto, narcisismo, etc...
Mas gostei, gostei imenso. E vejo um pouco de mim em ti, já tive situações em que pensei exactamente como tu. Mas não mandamos no futuro...e infelizmente tambem ñão mandamos nos sentimentos... e então apareceu alguem que me fez pensar de maneira diferente.

Eps, coiso, não te vou aborrecer.

Anyway, gosto do que escreves.



Abraço*

domingo out. 22, 09:34:00 da tarde 2006  

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