quarta-feira, abril 13, 2005

Não consigo perceber nada do que vai nessa cabeça. Mas uma coisa eu sei. Tudo o que aqui se confessou, restringiu-me perante ti, naquela realidade. A principal razão que me levou a fugir disto foi a distância avassaladora que senti, quando estava próximo. Criou-se uma espécie de barreira psicológica densa, que levei muito tempo para conseguir transpor. Quando finalmente consegui, tinhas fugido, ou pior, olhaste para mim como alguém doente. O teu desprezo e afastamento levaram-me a pensar que o era de facto. A partir daí foi desligar, tal como me desligaste a mim, e esperar que caísse de podre...

Não caiu. Muito poderia dizer acerca disso. Poderia dizer que foi um acto de conformismo, de aceitação, de revolta, ou de estratégia. De defesa, talvez. Nem eu sei ao certo. As tuas metamorfoses destruíam-me. Ainda hoje não sei se aquilo que dizias era para mim, e essa dúvida paranóica fazia-me mal. Gostava um dia de o saber, sem dúvidas, rodeios ou meias palavras. Tudo o que sei, ainda hoje, é que só te conseguirei esquecer definitivamente, no dia em que tiver a certeza de que nunca o desejaste. Nunca o soube. Receio que nunca o venha a saber.

Dá-me um sinal. Gostava que voltasses um dia. Dir-me-ias o que sentias, mesmo que nunca tenhas sentido nada. Seria muito mau partirmos em direcções opostas, se não era esse o desejo de nenhum dos dois. É só isso que me assusta…

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