Morte Literária
Apetece-me cometer mais um suicídio literário. Mas um definitivo. Não vou fazê-lo. O blog continuará a existir, só que doravante será gerido por mim, apenas por mim e por mais ninguém. Não mais permitirei que possíveis leitores me bloqueiem ou censurem de alguma forma o meu livre pensamento, o devaneio do meu sonho. Odeio-me a mim próprio por me ter exposto e escrito sobre uma figura que eu prório criei e que na realidade nunca existiu. Odeio-me por ter amado um fantasma abstracto que nunca conheci. Odeio-me por tê-lo encarnado em figura tão vulgar e mesquinha. Odeio-me por viver no ar, e ter escolhido como deusa uma figura terrestre. Odeio-me por ter pensado numa figura real quando descrevia o meu amor narcísico por mim próprio, por uma personagem criada por mim. Odeio-me por tê-lo contado. Odeio a paixão platónica. Odeio mais ainda a sua confissão. Odeio-me ainda mais por ter idealizado um sonho modernista no mais conservador dos cenários... Odeio almas terra-a-terra...
Morra o fantasma, morra pim...
Definitivamente...
Paz à alma do fantasma feminino que viveu dentro de mim ao longo deste tempo todo, e que os defeitos da figura original haveriam de assassinar, simplesmente por esta se revelar.
Morra o fantasma, morra pim...
Definitivamente...
Paz à alma do fantasma feminino que viveu dentro de mim ao longo deste tempo todo, e que os defeitos da figura original haveriam de assassinar, simplesmente por esta se revelar.
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial