sexta-feira, novembro 05, 2010

Quem disse que o amor não podia dar mais prazer que o sexo?

No final, ninguém ganha.

Reencontrei-me comigo próprio. Compreendi que as minhas intuições de mau prenúncio, desde o início estavam correctas. O meu único problema foi pensar que era imortal e não haveriam consequências.

Há pessoas que vêem tudo no sexo, procurando sorver e consumir como se não houvesse amanhã.

Mas aqui há consequências. Perdidos todos os limites, sabe-se que estes nunca serão recuperáveis, e a partir daí é uma escalada em direcção ao abismo da qua não há escapatória possível: estes indivíduos nunca olham para trás, nunca se questionam, nunca pensam, apenas olham em frente acelerando a fundo e afunilando cada vez mais os seus dogmas. O problema é que, depois de feito, não dá para voltar atrás. São opções, e nada será como antes.

Arrependo-me de lhes ter dispensado tanto do meu tempo e de ter duvidado do meu próprio pensamento.

Eles estão todos fodidos.

Os caminhos que fazem eu já os reneguei há muito. Mas estão convencidos que descobriram uma coisa nova, a fórmula mágica.




Ela deambula pelas ruas das grandes cidades, miserável... Fugindo dela própria, procurando pessoas que a irão tratar tal qual ou pior do que ela trata os outros.

Ele ainda anda iludido que é a grande estrela deste planeta, só porque, coitadinho, é um incompreendido, e a vida é dura para ele. Continua a disparar a mesma verborreia do costume, olhando para o umbigo 24 horas por dia, não fazendo nenhum.

Desprezo profundamente todo o egoísmo cego, só que agora simplesmente já não me faz diferença. Estou-me completamente a cagar para o chico-espertismo.

Ainda bem que aconteceu assim, porque até eu, agora, aporque ainda hoje não sei o que sinto em relação a isto tudo.

Lúcia foi à vida dela. Fez bem, merece ser feliz e não seria comigo.

Depois as bimbas que foram aparecendo... Ainda bem que realmente não me envolvi com nenhuma, porque andava carente e elas eram muito diferentes de mim. E sobrevivi sem foder amigas. Estou a mudar e já não quero ser como era. Venho de volta dada. Não quero mais atrofiadas fodidas do cérebro, sempre na ânsia de dominar, sem resolução nunca à vista...

Perdidas as esperanças, celibato forçado por desencantamento. Vivia nos dogmas rígidos que fazem do amor um mito, do qual se deve abdicar, racionalmente.


Revi Paula, uma colega minha de faculdade. Esperava há muito este reencontro, embora por questões de trabalho. Eu tinha sentido qualquer coisa por ela, mas depois de um ano sem a ver, pensava que já tinha passado. Ilusão. Acho que ela também. Emoções intensas. Eu não pensava voltar a sentir-me assim. Até então tinha-me inibido, por pensar que ela tinha namorado, e por que eu na altura tinha qualquer coisa esquisita. Mas graças ao facebook acho que não tem (uso cada vez menos). E se não arrisco com uma que gosto assim? Arriscar, como? Gostava de a ver mais vezes.., de passar mais tempo todo com ela.

Aqueles minutos provovam orgasmos serotonínicos. Quem precisa de drogas sentindo assim? E se fossem três horas? E uma noite? E muitas noites? E muitos noites e muitos dias? E enquanto apetecesse? Quem disse que o amor platónico não pode dar prazer?

Ontem não conseguia dormir nem fazer nada, só pensava nela, desde aí, e hoje só consegui adormecer (eram 10 horas). Estou sempre a pensar nela.., porque me sabe bem. Eu gostava que uma mulher destas, com inteligência emocional proporcional à beleza, se apaixonasse por mim. Adorava estar com ela, cagar para tudo e todos, e ir vivendo. Mas sei que a vida não funciona assim. Nunca pensei admitir uma coisa destas...

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial