domingo, abril 19, 2009

Porto de Abrigo


Voltei hoje aqui, onde tantas noites me perdi. Paranóia ou realidade? Aqui nunca tive a esperança de ouvir viv'alma, apenas o vazio do meu eco rouco. Agora compreendo... Sinto-me culpado, embora sem culpa. Aqui busquei companhia, e encontrei uma luz na noite escura, que nunca quis apagar. Sou egoísta, e fútil, como todos os homens.
Não tenho coragem para continuar escrever, mas delicio-me com a poesia dos outros. Escrever é uma espécie de acto sado-masoquista, de quem se quer vingar da sua própria cobardia. Não se pode acreditar no sonho, e eu só escrevo durante o sonho. não me interpretem, não sofram, desflorem o presente.
Mas será que não haverá na poesia um desejo inocente.., primavera? ... Conheço-me bem demais para me permitir dizer seja o que for. Nada do que digo, é para ser ouvido, interpretado, lembrado, sentido. É apenas uma ponte para mim próprio, para para resolver a nossa própria consciência. Não vou deixar de viver o presente, da mesma forma que não vou deixar de escrever. Este blogue é parte de mim, tal como a noite é parte do dia.




Imagem roubada daqui

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