quinta-feira, dezembro 29, 2005

Mais uma noite, procurei. Disfarcei para não notar. Na minha cabeça, está tudo traçado. No meu corpo, tudo automáticamente apagado. Não me obedece. Arrasta-me sucessivamente para becos sem saída, onde num grito mudo pede ajuda. Ninguém me pode ajudar. Procuro uma salvação milagrosa que sei não existir. Basta um passo para saber que é inútil. É inútil ocupar os minutos, com ilusões que já não me iludem, para fingir que ainda me consigo continuar a enganar. Chega! Não aguento mais. Tenho de parar. Não me consigo controlar. Quero ser racional, cumprir os planos que cuidadosamente tracei para mim. Mas o corpo, não me deixa... O mesmo corpo que me sustenta, que me desloca, é ele que toma o descontrolo, é ele que me engana (quando já sei que não me consegue enganar), é ele quem me faz caminhar para o abismo, é ele que me trai...

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