quarta-feira, julho 16, 2008

"Ama quem te ama e não quem te sorri, porque quem te sorri engana e quem te ama chora por ti..." (Ângelo Fernandes)
Não amar é sofrer, amar é sofrer mais...

Ditados Espanhóis

Boca cerrada y ojo abierto, no hizo jamás un desconcierto - "Boca fechada e olhos abertos" - é melhor observar antes de agir, para não se equivocar

Quien mucho abarca, poco aprieta - "Quem muito abarca, pouco aperta" - é melhor fazer uma coisa por vez e bem feita, que muitas coisas ao mesmo tempo e mal feitas


"O amor nunca faz reclamações; dá sempre. O amor tolera; jamais se irrita e nunca exerce vingança."

(Mohandas Gandhi)

Amor não se implora, não se pede não se espera...

Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel

Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.

Ciúmes

Espera a própria morte, das ilusões, não quero pensar. Sair porque estava podre, havia um certo ar. Os corpos frios a latejar artifício que reaparecia como pedra vaporizada ruborizavam a mentira podre e prolongada que exalava entre cada suspiro... o ácido escuro e frio, descarregava. hipocrisias e..

mesmo assim, não foi possível não mergulhar um momento nas águas quentes da serenidade, quando o relógio, que abstraio, parado. Não sei. Sucede, e fingir causa-me sofrimento. À medida que saboreava o veneno, procurei o olhar, o gesto e a atenção. a rua era o habitat. Não fiz nada, a mente... visualizava o calor da langonha latejante, o apontamento no papel sentir é chupar oportunidade que acumula sucessiva surpresa. adiaria, mas

Fecha os olhos

Um riso aberto, gargalhadas sufocantes que se engolem em seco

instinto sem

e quando não há nada sonhos, bons prenúncios quando nada se torna perverso...

a deseja,


ânsia da glória

nisso

do outro teu tempo da espera à espera




e adormecer sem ...

Esta noite tive um sonho mau...

Não tenho ciúmes há vários anos, e já nessa altura não eram ciúmes, era estar à espera de uma morte anunciada, de uma terrível sensação que já tinha experimentado e que não quero voltar a ter. Preferi renunciar ao prazer de uma relação, se com isso evitava essa específica ânsia ou sofrimento: não é a traição enquanto acto sexual que me incomoda, porque nem era isso que estava em causa, era a mentira podre e prolongada que exalava entre cada frase, entre cada olhar... Porquê então não assumíamos desde o início que tínhamos ideais diferentes, que ela queria continuar a ter outras pessoas? Ou acabávamos logo ali ou a tornávamos numa relação aberta, mas seguramente teríamos evitado as hipocrisias e muito o sofrimento,

E essa ânsia, que eu não sentia há praticamente 10 anos voltei a senti-la contigo. Durante estes anos, e mesmo tendo algumas relações mais duradouras, foi possível não sentir uma única vez ciúmes de ninguém. Não sei se o defeito é meu, também não será teu de todo. Sucede simplesmente que somos diferentes, e temos filosofias diferentes, e fingir que não, a mim causa-me sofrimento.

Depois de uma ausência no espaço e no tempo, bastou-se sair à rua para perceber que a tentação é maior quando temos uma relação do que quando estamos sozinhos. Não fiz nada, mas a mente vagueia mais. Porque sei tu valorizas bastante as tuas fantasias, e tens vontade de as praticar, pedir que não o faças é castrar essa vontade de o fazer. Porque sei que tens muita "energia" (que não gastas sozinha) e porque sei que oportunidades não te vão faltar, não quero que te sintas presa pelo que eu te disse ou digo e espero que se sinta totalmente livre de fazer o que quiseres, sem proibições, moralismos ou condicionamentos da minha parte. Gostaria que me contasses a verdade, é certo, mas mesmo isso só depende de ti.

Pedes-me para confiar em ti racionalmente,

quando até hoje foi sempre o meu instinto a decidir em quem e quando confiar,

e quando não há nada de racional na intuição. Objectivamente, na prática, não tenho razões para duvidar de ti, e várias vezes já te magoei por tê-lo feito. Mas se perguntares ao meu sexto sentido, ele vai dizer que espera a todo o momento uma catástrofe, e tenta-me alertar para isso a todo o tempo. Não porque tu sejas má pessoa, não porque não me amas, não porque me queiras magoar deliberadamente... Mas talvez porque sabe que temos filosofias diferentes, talvez porque te vê no teu espírito uma "vontade" natural que não pode nem deve ser abafada, talvez porque tenhas falado do caso de eu te trair (projecção das próprias intenções) e de como gostarias de poder ter uma relação aberta, talvez porque os sonhos costumam ser bons prenúncios do que está para acontecer, talvez porque tudo o que escondes e que não tem nada de errado se torna perverso porque o escondes...

Não é fazendo sacrifícios pessoais, tu privando-te de fodas que desejas dar (e ou dando-as e dizer que não), e eu vivendo com esta ânsia, que vamos ser felizes

Somos diferentes, e essa coisa que para mim é e sempre foi tão óbvia, mesmo que tu própria não te apercebas, provocam-me ansiedade.

Como estar à espera de uma catástrofe eminente

Queria simplesmente conseguir dormir...

Depois de uma ausência no espaço e no tempo (que se vai prolongar por semanas), bastou-se sair à rua para perceber que a tentação é maior quando temos uma relação do que quando estamos sozinhos. Não fiz nada, mas a mente sente mais vontade. Como está novamente livre, vagueia, porque se sente solitária e menos amada. Porque sei que a outra parte tem uma ideia diferente das coisas, porque antes de ir embora falou nisso, mais do que uma vez, a dizer que eu era livre de ir com outras (desde que não lhe contasse) fiquei a sensação que ela só o dizia porque lhe tinha passado a ela, e que isso era uma simples projecção do seu próprio desejo. Porque sei que ela tem muita "energia", e porque sei que oportunidades não lhe vão faltar (a uns milhares de kms daqui), não quero que se sinta presa pelo que eu lhe disse ou digo e espero que se sinta totalmente livre de fazer o que quiser, sem castrações, moralismos ou condicionamentos de terceiros. Só preferia que me contasse, mas mesmo isso só depende dela.

Neo-Monogamismo constiste em ter uma relação séria e assumida com um companheiro fixo, mas ao mesmo tempo ter total liberdade e consentimento do outro para ter relações com companheiros ocasionais. Estas podem consistir em simples "amizades coloridas" em que a tentação sexual, desejo e paixão se cultivam mentalmente, sem chegar a ter relações sexuais, ou cultivar o sexo o mais possível a seu belo prazer. Aqui deixo alguns links.

http://mulher.sapo.pt/articles/afectos/relacoes/744746-2.html

http://oamante.blogs.sapo.pt/12876.html

Desde os 18 anos decidi não mais voltar a assumir compromissos de fidelidade ou de exclusividade nas relações que fui tendo, nem tanto por acordo mas porque era um desejo meu que sempre tratava de impôr como condição sine qua non. Nunca tão pouco quis saber se as outras tinham outros companheiros ou não, e se sabia, não me importava e nunca sentia ciúmes. Não sei se porque me fartei, não sei se porque tive más experiências várias no passado ou porque só o fazia porque realmente porque não queria aquela pessoa e tinha desejo de procurar outras, não sei se porquê hoje em dia não consigo perceber essa vontade antes de extinta a paixão, já que quando acaba o fogo poderemos sempre voltar a ter todos os amantes do mundo... A não ser que estejamos insatisfeitos, e aí será perfeitamente compreensível...

...


Compreendo a procura incessante de novos parceiros, a todo o tempo, excepto quando estou verdadeiramente apaixonado. Se há chama com a outra pessoa, para quê procurar o sexo pelo sexo, quente e desenfreado no momento mas que depois se vai tornar frio e desolador na nossa consciência? Pois, e também há essa questão fisiológica ou hormonal. Quem nunca viu um animal com o cio, a esfregar-se desesperadamente nas paredes? Se uma pessoas não se masturba é natural que acabe por foder na primeira oportunidade que lhe apareça.


Cá para mim as duas pessoas só serão verdadeiramente "felizes" se tiverem uma filosofia idêntica nestas coisas, e se forem suficientemente honestas para admitir e partilhar tudo. Também não acho que tenham que se adaptar à outra, e fazer sacrifícios pessoais. Caso contrário é só uma questão de tempo até que as diferenças se "revelem".

Só a verdade não dói. É ela que vem sempre ao de cima, mesmo quando a mentira se esconde atrás de qualquer frase. A verdade dá-me paz, permite encontrar o meu lugar certo e o meu equilíbrio no mundo. Não a verdade que os outros me querem dar nem o equilíbrio artificial que querem que eu tenha, com uma venda nos olhos. Porque é que não permaneço fiel a mim próprio? Porque é que traçam planos e depois me vêem com estas merdas só porque não amam o suficiente e porque não sabem o que é sofrer?
Queria sinceridade, orgasmos mentais de penetrações intelectuais partilhadas sem censuras e que não esbarrassem contra monstruosos egos escondidos por ids super-castradores. A honestidade acima de um prazer ficcionado que degenere em sofrimento.


É somente uma questão de tempo. Chegará a primavera e tudo tomará o seu rumo natural...

É apenas um devaneio. Mas os sonhos costumam ser bons preditores da realidade.

Será que os vanguardistas não serão aqueles que vivem o amor intensa e exclusivamente a dois enquanto é bom, para não estragá-lo antes do tempo, e depois de esgotado partem então para as outras opções?


terça-feira, julho 15, 2008

O Amigo

Por um comentário num texto antigo, descobri um blog interessante, onde por sua vez estava um relato intrigante com comentários bastante acutilantes. Aqui vai:

"Quinta-feira, 30 de Agosto de 2007

“Preciso de uma foda tua”

Tenho uma regra que não é oficial, mas que também nunca quebrei: nada de sexo com amigos! Os amigos são preciosos demais para dispensarmos por uma queca mal dada... Não quer dizer que não dê uma com alguém conhecido, mas amigo ou amigo de amigo, não (para mim ia ser estranho falarem um com o outro sobre a queca que deram com a amiga). Também não tenho um “amigo colorido”, o que a meu ver é uma pena (se calhar tenho de abrir inscrições para isto...).
Todo este paleio para falar sobre algo que me tem “assombrado” durante esta semana...
Há 7 anos que tenho um amigo. Há uns tempos não sabia se era bem meu amigo, pois não se encaixa naqueles amigos com que bebemos uns copos e conversamos de coisas do dia a dia. É um amigo que conheci no final da adolescência, mas que por morar um pouco longe, as nossas conversas não são daquelas importantes, geralmente são feitas por telemóvel (principalmente sms) e baseiam-se na ironia e na galhofa. (começo a pensar se seria mesmo necessário ter escrito estes parágrafos todos...)
Bem, o que sucede é que esta semana recebi uma mensagem dele que dizia “preciso de uma foda tua”! Pensei que ele se tivesse enganado no número, mas não. Porque raio um rapaz que é meu amigo e tem as meninas todas que quiser a seus pés, se lembra de repente que me quer?
“Não te sei explicar, mas nos últimos tempos, quando me vou deitar, só penso em te dar uma, em como seria bom ter-te aqui aos pulos...”
Para esclarecer, nós nunca trocamos fluidos nem nunca fizemos intenção disso (oportunidades nunca faltaram). Eu não sou uma deusa grega, nem sequer uma pessoa de fácil contacto à primeira vista. Também nunca falamos das conquistas de cada um, nem partilhamos experiências sexuais...

Homens deste mundo, explicai-me o que lhe passou pela cabeça e o que fariam neste caso!!"

Postado por Bohemian like you às 09:43 7 comentários"