quarta-feira, agosto 22, 2007

2046

Solidão, a eterna solidão. Obriga-me a correr desenfreadamente para fugir de mim próprio, não, não quero pensar, quero ter a mente totalmente mergulhada no presente, não quero ter nunca que ficar com o que deixei lá atrás. De que nos serve esta tortura? Que nos dá a solidão. E no entanto não me larga nunca por muito tempo. Que fazer com ela? Já que tenho que a suportar, qual a melhor forma de conviver com ela? E se não me apetecer pensar, como vou afastar o pensamento?

Nós seremos sempre nós próprios, nunca teremos a capacidade de abandonar completamente o nosso corpo e desaparecer no próximo. Porquê então esta infinita necessidade, este desejo crescente e infindável de nos projectarmos noutra alma que nos fascine?

sábado, agosto 18, 2007

Ando numa fase nostálgica.

A minha vida poderia ter tomado cursos diferentes daqueles que tomou.
Mas foram aqueles que eu escolhi.
Não se pode ter tudo.

quarta-feira, agosto 08, 2007

Últimos Meses

não me apetecia escrever, confesso, mesmo nada... Não é que só escreva quando ando melancólico, mas certo é que quando a vida real me vai entretendo o suficiente (para o mal ou para o bem), não tenho tempo de vir aqui... Isto é o meu barómentro da solidão... Adiante.

Tenho feito bastantes coisas nos últimos tempos e ao mesmo tempo não tenho feito nada de muito significativo, se é que há algo que o seja verdadeiramente. Tenho viajado, pouco, mas mais do que nos últimos tempos. Andei pelo sul de Espanha, revoltei-me contra a estupidez deste mundo, libertei-me nas drogas, tive mais uns casos daqueles que duram o que duram, quase me apaixonava e corria tudo mal, cometi mais um suicídio mental fortíssimo, regenerei-me, mudei de sítio, recuperei alegria, o meu cabelo voltou a crescer e a minha auto-estima também. E tudo regado com muitíssimo alcóol.
Guida passou à história. Conheci duas novas mulheres encantadoras (Julia e Ana) com quem tive boas experiências. Contudo tinha-me entretanto apaixonado o que veio estragar tudo. Tinha 21 anos. Era... mentirosa, compulsivamente mentirosa e manipuladora. Filha única (gostava de ler um estudo sobre isso), chama-se Maria e era muitíssimo bonita, inteligente e uma apaixonada por cinema como eu. Fiquei profundamente atraído por aquele sorriso e quadris...
Eu nem tinha reparado nela. Estava a tentar dar a volta a uma amiga que nos apresentou. Fez questão de se destacar do grupo e foi até hostil para essa amiga, acusando-a de ter "mudado". Voltei a encontrá-la nessa noite e quando dei conta andávamos a sair e a tomar cafés regularmente. Bombardeava-me com sms, e pegou-me o hábito. Sem me dar conta fiquei completamente apaixonado por ela. Denunciei-me e beijei-a uma noite em minha casa. O beijo parecia sentido mas ela insistiu em dizer que não era. Dizia que queria amizade, que era cedo, que tinha acabado um namoro e outras pedras. Deixei de tentar ser amante por uma vez e fazer as coisas bem. Correu mal, especialmente para mim.
Isto aconteceu depois de Guida. Devia tê-lo evitado. Voltei a reencontrá-la várias vezes na discoteca chunga. Guida que não gostou das últimas vezes em que socialmente privei com ela. Não consegui deixar de soltar uma gargalhada. Uma amiga dela abordou-me como uma adolescente. Deixou-me a falar sózinho, depois fiz-lhe o mesmo. Soube-me muito bem.
Reparei nela antes sequer de ter conhecido Guida. É perigosamente segura de si.
Presumo o comportamento geral pelas amostras. Muitas vezes depois voltam à carga, mas nestas segundas vagas já não têm o mesmo encanto. Se há uma coisa que a vida me ensinou é a nunca confiar numa mulher que não fode. Poupa-nos inúmeras chatisses que se veêm mais tarde a confirmar... sempre...
Reaproximei-me de Lúcia. Apetecia-me, suspirava por ela... Tinha saudades, de tudo... Mas namorava agora com um Bovary... Beijámo-nos abraçámo-nos despimo-nos na cama e depois não teve força. Tinha acabado com ele e dizia-se confusa. Parou ali. São opções, cara irmã Lúcia... Adiante, a vida segue

Falta ainda falar de Julia e de Ana. Julia é uma miúda de 21 anos muito doida que me "engatou" lá para meados de Março. Acabámos por ir para a cama na noite em que nos conhecemos, o sexo foi fantástico e voltámos a repetir várias vezes durante um mês ou dois. Entretanto pelo meio conheci (curiosamente na mesma noite) Ana, uma mulher de 26 anos com muita segurança, meiga mas desafiadora. Só fui uma vez com ela. Não a voltei a procurar porque continuava com Julia mas apaixonado por Maria. Tratei de informá-la disso mesmo e que não me queria apaixonar por ela. Foi-se embora. Soube depois que foi tentar a sua sorte com outro amigo comum. Acabámos recentemente por voltar a dormir juntos. Não quis foder e senti-me traído, especialmente porque o desejava tanto como eu. Acordámos com o pai dela à minha porta porque um amigo se chibou. Ana encontrou um amigo perdido em Lisboa. Mas nada comparado com a dor de Maria.
Nos últimos tempos houve duas outras amigas que voltei a reencontrar. De uma gosto particularmente e sonho com ela, Liz. Joana é rebelde, também me atrai bastante. Espero voltar a encontrá-las lá para Setembro ou Outubro.
Falar ainda dos problemas do foro do subconsciente. Paixões antigas, mal esquecidas, platónicas, que era suposto estarem esquecidas mas que me torturam em sonhos.
É precisamente nas férias que eu sinto falta de companhia...