sábado, setembro 30, 2006



A vida são dois dias... E eu já desperdicei um dia inteirinho só para chegar a esta conclusão.

sexta-feira, setembro 29, 2006

Últimos Dias

Fui para a cama com uma ruiva deslumbrante, apaixonei-me por uma Sara que ainda sonho poder beijar, e à ida para casa conheci uma Joana que deixou a suspirar por ela. Já não tenho paciência para filosofias abstractas ou platonismos inconsequentes. Os meus lemas de vida são agora a paixão e o pragmatismo...

terça-feira, setembro 26, 2006

A vida é bela...



Está tudo bem novamente. Será que sou maníaco-depressivo?


terça-feira, setembro 19, 2006

A solidão corrói-me. Sinto na pele o desespero do vazio uma vez mais. Uma amiga chamou-me para ajudar na solidão dela. Fui ajudar. Consegui afastá-la, mas transferiu-se para mim, e agora tenho mais solidão ainda porque contava que ela ajudasse também na minha mas tal não aconteceu. As pessoas ignoram a solidão. A solidão delas é como para mim um dia relativamente preenchido. Queixam-se ao mínimo sinal, mas não conhecem a verdadeira solidão, como estado natural. A minha solidão aperta-me a garganta, não me deixa respirar. Já não aguento mais...

domingo, setembro 17, 2006

Passado Presente




O passado afinal repete-se ciclicamente. Dei por mim a reler estes textos, e parece que foram escritos neste preciso momento. Mudam os personagens, mas a história é a mesma...

(Repost de um texto antigo) Memórias de Um Louco: Consciência de Um destino Normal

-Mas que está o senhor a fazer?
Sabe muito bem que ela irá acabar por ficar com ele,
e deverá passar uma bela vida, cheia de normalidades...
E o senhor, por seu lado, a continuar nesse caminho,
também não se poderá vir a queixar de sua sorte...


-Se é assim tão simples,
porquê então indomável pensamento,
gritos das profundezas escuras e misteriosas
ressurgindo do dentro,
com tamanha violência e obscuridade?

Continuo a quere-la e deseja-la..,
de forma ansiosa e doentia.
Penso..,
demasiadas vezes,
e demasiado tempo.

E fico extremamente nervoso,
quando escuto os ponteiros do relógio.
Assustado, mas semi-conformado, assumo.
Nunca vou poder contempla-la plenamente...




-Sim, mas também tem consciência que a paixão é relativamente recente, e com o tempo deverá passar...


-Muito provavelmente...

Mas mesmo assistindo ao certo desfecho..,
e a esta distância,
do caminho diferente,
continuo a sonhar muito com ela
e a deseja-la intensamente...

Talvez ela própria saiba,
e pense nisso com regularidade.
Pensará ela também?


-Vou-lhe ser sincero. Se não sabe, temo que nunca chegará a sabê-lo.


Back To Real Life

E pronto, voltei à vidinha do costume. Voltei à rotina normal, se bem que esta vida já não parece tão má como antes. Acho que não é assim tão mau poder adiar o stress da vida real por mais uns tempos...

quinta-feira, setembro 14, 2006

11 de Setembro

Todas as provas isentas parecem apontar para a tese segundo a qual o 11 de Setembro terá sido um ataque orquestrado pelo próprio governo americano. Na última das hipóteses, teriam tido pelo menos conhecimento antecipado dos planos para fazer embater os aviões nas torres. Ponto assente parece ser a evidência de que não há vestígios alguns que provem que um avião caíu no Pentágono, ou que outro se despenhou na Pensilvânia. A mim pessoalmente, dada a informação que fui recolhendo sobre a história dos Neo-Cons (vejam "The Power of Nightmares") não me surpreende minímamente, porque o "medo" sempre foi o ponto central da estratégia. A minha questão é saber se os europeus participaram nisto directamente, e qual será, no meio de tudo isto, o papel dos Berinbergs (entre os quais se encontram alguns dos nossos mais famosos políticos portugueses), embora seja quase certo que estão todos envolvidos de uma forma ou de outra (sempre a cassete da luta contra o Terrorismo, e já sem falar dos verdadeiros voos da morte que levam desgraçados para as prisões de tortura). O mundo está definitivamente mais seguro, com estes gajos a puxarem todos os cordelinhos...


Mas se quiserem tirar as vossas dúvidas, vejam o documentário Loose Change que alguém conseguiu meter a passar no canal 1 (encoberto no meio da tradicional propaganda sensacionalista), e que deixou o Pacheco Pereira à beira de um ataque de nervos, e a afirmar na mesma televisão pública que este filme deveria ter sido censurado,para logo a seguir exigir a cabeça do "ousado inergúmeno"... Quanto à tão anunciada "restrição" dos direitos adquiridos, o tal peixeiro pereira não se importa, porque isso nos trará, claro está, mais segurança. No mundo assim, sinto-me realmente livre e protegido...

Cruzamento

Estou num ponto crítico da minha vida. Dentro de dias ou semanas, tudo pode correr incrivelmente bem, e em pouco tempo atinjo o paraíso na terra. De um momento para o outro posso realizar um sonho e ter uma oportunidade com a qual não se atreve a sonhar o mais comum dos mortais. Uma volta de 180º na minha vida, que a partir daí nunca seria igual. Ou então tudo pode correr como habitualmente, o que se traduziria essencialmente pela inevitabilidade de voltar à vulgaridade da minha monótona existência, simplesmente com mais uma frustração acumulada na bagagem. Não que as probabilidades sejam favoráveis porque pelo contrário são incrívelmente diminutas. Mas existem. E não, não estou a falar de mulheres. Já não considero que isso possa trazer grandes mudanças à minha vida, ou que seja um factor de sorte, ou até que dependa minimamente de mim. A todas aquelas que desejei dei pistas, e se não o entenderam foi porque não me desejavam verdadeiramente, ou então não tinham capacidade suficiente para amarem alguém que não a si próprias...

Mas voltemos ao essencial. Se eu tiver sorte, tudo mudará vertiginosamente, e nunca mais nada voltará a ser como antes...

sexta-feira, setembro 08, 2006

Julgamos ser melhores do que aquilo que somos objectivamente (se bem que a mais concreta objectividade, parte sempre de uma interpretação subjectiva).
Sobrevalorizamo-nos... Criamos expectativas demasiado elevadas sobre nós próprios, e passamos a vida infelizes pelo facto de os outros não nos darem o mérito a que julgamos ter direito...
E no entanto, esse valor nunca pode ser precisado. Mesmo assim alguns de nós são particularmente maus a calculá-lo, e as aproximações que fazem são desastrosas. Claro que toda a interpretação é única na sua singularidade, mas há certas margens de limite às quais não se consegue pura e simplesmente escapar...
O acaso deu-nos as cartas. Chamar-lhe-emos sorte ou azar, de acordo com o jogo que temos e também consoante a capacidade que tivermos para interpretá-lo...

quarta-feira, setembro 06, 2006

O FIM DAS TREVAS

Recordo-me que quando comecei aqui a escrever, a vida corria-me bem e os sentimentos de prazer, bem como a beleza que parecia encontrar nas pequenas coisas estavam sempre presentes. A sensação geral do presente período parece em tudo idêntica.
Não há (ou não deveria haver) períodos uniformemente classificáveis, é certo, mas se tivesse de agrupá-los diria que este Verão marca decisivamente o fim de um longo período negro da minha vida, que parece ter durado no mínimo uns três anos. Claro que muita coisa agradável se passou ao longo desse paríodo, mas o cenário de fundo nocturno estave sempre lá, e as cervejas de cada noite pareciam sempre uma espécie de suicídio descartável... O momento em que se caía na cama parecia sempre a morte improvisada, e no outro dia uma branca na cabeça parecia assegurar que nada de mal se passava... Não é que tenha conhecido alguém, ou que o sentimento de solidão e de "vaga por preencher" tenham desaparecido, pois continuam tão ou mais presentes do que nunca (diria até que estão mais vincados, depois da retirada estratégicamente cobarde da minha amiga e confidente Lurdes). Talvez seja da desintoxicação física, talvez seja do trabalho, talvez seja dos dias que passei na praia, talvez seja pelo entusiamo que começo a dedicar ao trabalho, talvez seja pela sensação renovada de liberdade, talvez seja por tudo isso e por outros tantos aspectos...
O principal facto é que pareço voltar a sentir muito bem comigo mesmo, e a auto-confiança de outros tempos parece ter chegado para ficar. Já não pretendo ser perfeito, e sentimentos de inferioridade é coisa que já não pareço experimentar. O facto é que agora me estou completamente nas tintas para o que os outros possam pensar de mim, e acho que nunca a opinião pública alheia me pareceu tão irrelevante.
Há no entanto outras coisas importantes que se perderam, sendo a mais importante delas o afastamento de Lurdes, numa altura em que a minha paixão por ela renascia e os momentos com ela vividos me pareciam mais importantes que nunca. Mas quanto a isso, pouco haverá a fazer. Costuma-se dizer que quando umas portas se fecham, outras se abrirão. Será que assim é de facto?
Recuperei a alegria de viver. Todo um mundo novo se parece abrir à minha frente, pois agora pareço conseguir analisar tudo a partir de uma base mais sólida e sem aparentes abanões ou inseguranças no alto do meu egocentrismo. A partir de uma pré-disposição positiva, as fontes de bem-estar parecem ser infinitas, ainda que abstractas. Um paradoxo curioso, já que o meu novo lema parece dar pelo nome de pragmatismo...