segunda-feira, fevereiro 27, 2006


Tenho dias...

em que me apetece existir


e outros em que não...
encontro nada...

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Vou deixar de me dirigir na segunda pessoa do singular.
já é tempo...
Das desdúvidas se faz o meu pensamento. Recordo o que se passou comigo há precisamente um ano, e fico com a sensação... Sei lá. Sei lá com que sensação fico. Não sei que dizer, nem sei muito bem o que pensar de tudo isto. Posso dizer que não foi sequer uma surpresa. Podia dizer que sempre o soube, e nunca quis acreditar nisso. Posso dizer que quis continuar a viver esta fantasia. Talvez por isso sempre soube que vivia no limbo, e nunca quis passar verdadeiramente para o lado de cá da consciência.

Tracker

Nada melhor so que pôr um contador na página, para confirmar que efectivamente criei uma realidade no meu imaginário que nunca existiu, senão na minha cabeça. Esta página tem apenas dois leitores. Um deles sou eu. O outro, tendo em conta que lhe dei directamente a morada, e que sei que costuma vir aqui dar umas espreitadelas, não é difícil de concluir que tive acessos de esquizofrenia. Não vou fazer mais comentários, mas é difícil para mim admitir que está mais do que provado que sou louco.

FISHER-Z

So Long Lyrics

When I read your letter I coudn't believe that you'd gone.
I dialled your number but no one answered the phone.
I asked your friends to tell me if they knew where you wer,
they said they thought that you were ill.
I hired a detective to try and find out where you are.
He managed to trace you, I know that you're living in France.
A watchman saw you climb into someone elses car
and drive off laughing in the night.
Why didn't you tell me. Not leave me this way.
You should have warned me and not waited for so long.

I've tried to forget you but I find myself walking the street.
I went to the doctor and he gave me something to sleep.
I sent you telegrams but you haven't aswered one.
Your mother told me I best leave you ell alone.
I hope your satisfied now you've done this thing to me.
I hope you're pleased with what you've done.
Why didn't you tell me. Not leave me this way.
You should have warned me and not waited for so long.

For so long I never realised just exactly who you are.
I never realised the girl I had before.
I hope you're satisfied you won't here from me again.
I hope you're pleased with waht you've done.
Why didn't you tell me. Not leave me this way.
You should have warned me and not waited for so long.

sábado, fevereiro 11, 2006

Sleeping pills, are the magic answer for this problem

Bonne Nuit!

O FINAL DA RELACAO QUE NUNCA CHEGOU A EXISTIR

E porque, perguntam voces_
UFF...






Sabe bem expor ao mundo o nosso mau/funcionamento cognitivo...

CARTA ENVIADA

"Não quero que sofras mais.
Tens razão quando pensas que eu nunca consegui esquecer os meus fantasmas. Vivo uma obssessão, uma esquizofrenia, devido a situações que deixei mal resolvidas e que ainda hoje me causam uma culpa terrível. Tenho a sensação que conheci a mulher da minha vida, e que a deixei fugir por incompetência da minha parte. Pensei que isso com o tempo passaria, e a verdade é que não passou e provavelmente ainda vou precisar de ajuda médica para ultrapassar isto. Imagino blogs escritos por ela em todo o lado, e um deles assumi que era dela, simplesmente por associação de ideias tão vagas quanto possas imaginar. Às vezes dou por mim a imaginar que estou mesmo louco, porque lá no fundo tenho praticamente a certeza absoluta que aquela associação foi baseada numa coincidência. O facto de dizer "praticamente", é a constatação óbvia de que de facto estou louco e de que não posso continuar assim.
Não fiz nada de mal na minha opinião, pois sempre mantive apesar de tudo sentimentos por ti, embora compreenda que não fossem os suficientes para te fazer feliz. Sempre fui sincero nesse aspecto e nunca te escondi nada. Sempre tiveste ao corrente de todos os meus sentimentos e das minhas paixões, e em particular deste caso. Assim sendo, liberto-te totalmente para seguires e procurares o teu caminho, como desejas, sabendo que terás sempre em mim um amigo. Tudo o que fiz foi sempre, e em todas as alturas, fazer o que achava mais correcto para todas as partes.

Um beijo"

CARTA RECEBIDA

"Olá

Quero que saibas que, apesar de tudo, tomamos a decisão correcta. Quando o sentimento não é recíproco nada há a fazer, ninguém há a julgar…
Sei que esta decisão te deixa uma sensação de liberdade e felicidade, mas, espero que tenhas noção de que é definitiva…Não haverá mais lugar a impulsos egoístas .Não haverá lugar a saudades ilusórias.
Não sei o que me fez insistir nesta utopia. Talvez se devesse aos momentos “Carpe Diem” que passamos juntos…esses escassos momentos que me faziam sentir viva e me estampavam um sorriso na cara por vários dias…Pensei que sentisses o mesmo. Pensei (estupidamente) que esses momentos te mostrassem como era bom não fugir, como era bom ter alguém… Mas, mais uma vez me enganei… Para ti não passavam disso mesmo, de momentos, porque, afinal, não era a mim que querias…(como sempre).
Dizes que sempre foste honesto, que eu sabia que não me amavas….não…isso não te tira as culpas Sabes as vezes que tentei esquecer-te, e tu…tu , desesperando com a tua solidão …acabavas sempre por insistir, ignorando que isso iria reavivar os sentimentos que tinha por ti! Não aceito essa tua desculpa ( confortável) de honestidade. Uma pessoa honesta, sabendo que a outra pessoa poderá sofrer, pensa nesta primeiro. Para mim foste um egoísta e um cobarde. Mais uma vez, repetiste que ” não sabias como eu não desistia”, que o meu esforço era sobre-humano, e que jamais alguém normal aguentaria o que eu aguentei…Se pensares bem no que disseste, não há como não te sentires culpado.

Só lamento ter entrado nesta fase da tua vida…uma luta com fantasmas é sempre uma luta desigual e injusta…Espero que te consigas deles libertar…enquanto não o fizeres não serás feliz, nem farás os outros.

De qualquer maneira, tenho a certeza de que isto é o melhor para os dois.
Havemos de encontrar aquilo que procuramos…

Um beijo,
"


(o sublinhado a itálico é meu)
Tinhas razão. A tua intuição estava certa. Havia de facto outra. Enganaste-te contudo se pensavas que eu te tinha esquecido ao longo do processo, que tinha preenchido o teu espaço com outra pessoa. Enganaste-te tu, e enganei-me eu ao pensar que te conseguiria esquecer com o tempo, ou com outra pessoa. Acabei também por enganar outra pessoa, por pensar que tal sucederia, mas a verdade é que acreditei que com o tempo seria possível. A verdade é que aquilo que me transmitias ficou sempre por preencher, e acabaste por ir ficando como uma obssessao que no fundo nunca deixou o cenário da prioridade. É engraçado que passado este tempo todo nunca voltei a conseguir sentir o que senti por ti, por aquela outra, e mais tarde por ti novamente. Tive alturas em que estive perto. Mas depois ficava infinitamente mais longe. Bastava-me conhecer um pouco mais da maturidade da pessoa em causa para desfazer o equívoco, e perceber que pertencíamos a mundos completamente diferentes. E fazer comparações e terrível...
E fi-lo também por vingança, por desespero, e por carência. Por vingança porque me tinhas deixado lá sozinho, porque sozinha tinhas decidido que não me darias a possibilidade de uma aproximação física, quanto mais contacto. Porque depois de eu me ter declarado, me deixaste a falar sozinho. Porque depois de me teres dado as mãos, desapareceste para sempre. Desesperado porque me vi sozinho no meio do nada, humilhado, abandonado e sem ninguém. É a solidão que me corrói, que me leva para o abismo da loucura. E carente. Sempre soubeste que por tras deste desajeitado e grosseirão estava algúem profundamente triste, magoado e sem esperança. E tu fizeste com que eu deixasse de acreditar. Tal como hoje me culpam a mim de ter feito deixar alguém de acreditar...
E depois a velha história. Os ciúmes. Foi por isso que desisti de ti. Foi por isso que sempre estiveste de pé-atrás, porque tu própria sempre estiveste reservada para outra pessoa. E eu no fundo sempre soube disso. Sempre soube que não estava no topo da tua escala de prioridades, e provávelmente nunca fui sequer por ti comparável aos primeiros, ou neste caso ao primeiro. Não lhe posso chamar desonestidade porque sempre o soube, porque sempre soube que essa era a causa da tua retracção. Tu estavas-te a guardar para alguém. Alguém que sempre esteve, está e estará mais próximo de ti. Foi essa a minha racionalização. Senão nem te contaria isto, sabendo de antemão da tua obssessão pela moral e pela "devossao". O homem da tua vida é o teu eterno guarda-costas, e é essa a minha frustração quando dou por mim a vir aqui aqui escrever, e humilhar me. Tenho sempre a sensação que nada do que aqui escrevo seria lido por ti, mas por duas pessoas em conjunto, rindo à gargalhada. Foi por tudo isto que te quis esquecer. É por tudo isto que já te deveria ter esquecido...

Sei também que neste preciso momento estás com ele, que foi ele quem sempre amaste.
E sem qualquer sarcasmo ou ironia que digo que os dois serão felizes, e que e isso sinceramente que desejo... Tudo o resto e um mero exercicio de auto exorcisacao da minha parte.

mas continuo a achar que um simples esclarecimento sincero da tua parte teria bastado para evitar tudo isto
És cruel porque nunca me perdoaste.

És cruel porque desististe.

És cruel porque nunca acreditaste...
"Love does not end just because you stop seeing each other"



No more tricks...


No more games...




PLEASE COME BACK

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Sou tão naif...

AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AHAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH ...
(que até dá dó)
Olha, cruxifiquem-me se quiserem...
Espero que ninguém tenha ficado muito aborrecido.
Imaginem que tenho uma forma infantil de conceber o amor,
e que isso depois passa com a idade
(se isso vos faz mais feliz).
Pá, disse e fiz coisas aqui que só uma pessoa completamente doida faria,
e sei que algumas vezes ultrapassei mesmo
os limites do meu próprio universo
(que na verdade não tem limites nestas questões).
Mas acho que não prejudiquei ninguém,
senão a mim próprio.
Podem pensar que sou realmente louco,
mas inofensivamente louco.

Encarem isto como um exercício de onanismo.



"Pandora, deusa grega, filha de Zeus, a quem o pai ofereceu, com a promessa da filha de nunca a abrir, uma caixa. Pandora, resistiu à curiosidade, durante algum tempo, mas não sempre. Houve um dia em que a curiosidade foi mais forte, e Pandora abriu a caixa. De dentro dela saíram todos os males e bens do Universo, saiu a Guerra e o Amor, saiu a Paz e a Justiça, etc.... Mas Pandora ao ver tamanho espectáculo conseguiu ainda atempo fechar a caixa. Até hoje ainda nos acompanha e ajuda o único sentimento que permaneceu na caixa: A Esperança."

Natália Gromicho



ABRI A CAIXA DE PANDORA...
(até parece que o blog ficou maior...)

Já estou farto

Com um copo de vinho,
e um charro na mão,
encontrei o meu caminho,
encontrei a solução.

JÁ ESTOU FARTO!
JÁ ESTOU FARTO!
JÁ ESTOU FARTO, JÁ ESTOU FARTO!


Ku de Judas

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Liberto-me aos poucos da sobriedade que me prende cativo dentro de mim. Não quero querer mudar, nem posso fazer querer mudar os outros. Amei-te, não para ti, mas a partir de mim, voltado para mim mesmo. Não te transmito amor, porque nunca quis acenar com algo que nunca existiu fora de mim. Não te dirijo isto a ti, neste momento, porque nunca quis que tivesses certezas, pois isso só iria aumentar a minha incerteza, e a tua... Não tive certezas certas... Enganei-me muitas vezes a mim próprio, e sem querer enganei outras pessoas. Nunca o fiz por mal, especialmente se implicasse mais alguém. Ao pensar que tinha o poder de controlar, corrigir, e re-direccionar a minha vida em geral, e específicamente os projectos, as acções e os sentimentos, fiz um grave erro de análise, que não mais fez do que adiar o inadiável. Não lamento o tempo que enganei e fui enganado, e entendo que foi de todos o mais intenso e útil, e voltaria a fazê-lo uma e outra vez, se me parecesse o mais certo no momento. Foi chegada a hora de me libertar, e de consequentemente libertar quem ficou preso nas minhas teias. A única razão que me levou a esta decisão, a este estado de espírito, foi a clara sensação de impotência perante tudo aquilo que me rodeia, e da minha total incapacidade para tomar decisões ou alterar destinos. É impossível marcar um rumo que não seja o da coincidência, presença e inevitabilidade das situações geradas pelos sentimentos.

Perante tudo isto, não me resta mais do que aceitar naturalmente essa sensação de impotência, que me atira, naturalmente, e muito bem, para a deriva. Os nossos braços não são suficientemente compridos para alcançar quem passa ao largo, e mesmo que fossem, todas as nossas forças não chegariam para segurar quem segue arrastado pela corrente. Seria preciso embater frontalmente e em simultâneo, e mesmo assim ter a calma, a sobriedade e a maturidade para conseguir viver o momento, se este chegasse a dar a percepção de estar a acontecer. Neste instante, sentiriamos a magia, e tudo o resto que nos rodeia súbitamente ficaria esquecido e distante.

Mesmo assim muitas marcas ficaram presas às mãos, depois dessa tentativa desesperada, mesmo que unilateralmente por mim vivida. Resquícios que me causam uma ternura imensa, por pensar que fui capaz de reconhecer em mim sentimentos puros que já não imaginaria existirem. Mesmo apesar da dúvida constante, e do sentimento solitário da loucura. Ao recordar as palavras, os marcadores fluorescentes vão reavivando os sentimentos no meu interior, enquanto aguardo que se sequem, e deixem de ressuscitar definitivamente. Por enquanto, não prevejo que o faça de imediato, pois a jangada encontra-se sem bandeiras nem velas desfraldadas, e já não depende da força dos ventos para se mover. Sabe-me bem voltar a sentir esse calor, voltar a "sentir-te" ali, naquelas palavras, mesmo que escondidas pela muralha do tempo. Ao especificar isto, atravesso a barreira da loucura, ainda que por momentos, arriscando toda a segurança da normalidade. Coisa que por mim nunca tinhas feito, senão para me dar a mão, num desses dias em que é tradição dar as mãos... De seguida tiraste-a, ficando eu até hoje sem saber se havia intenção de me tocar, a mim, directamente. De resto nunca saberei. Mas quando queria acreditar que sim, a sensação era indiscritívelmente boa. Inesquecivelmente bons, enquanto pareciam simultâneos. E mesmo depois.., ainda hoje por momentos...
Mas há que encarar a verdade. Aceitar a fantasia e extrair o sujectivamente objectivável, que na minha insanidade ultrapassou a fronteira do provável. Chamo-lhe loucura. Chamar-lhe-ia mesmo um devaneio. O amor. O Impossível...


Não quero que me odeies

Não quero que me esperes

Não quero que me sonhes


Não quero ser fantasma

Não quero ser solução

Não quero ser esperança


Não quero que me queiras...


É assim que olho, agora a esta distância. É assim que te recordo. É assim que te solto, é assim que me liberto... É assim que te sinto...
(texto antigo)

domingo, fevereiro 05, 2006

FILMES QUE MARCAM

Todos os filmes a que assistimos, ficam de certa forma em nós. Comecei por referir um que tinha acabado de ver, depois outro, e outro, e outro que também tinha ficado, enfim... Parece mais fácil enunciar nomes do que descrever estados de espírito.

Os EDUKADORES



E para terminar, embora não seja meu hábito falar aqui de filmes (parece que hoje se abriu um precendente), finalizo com aquele que para mim foi o melhor filme de 2005 (visto por mim em 2005), e um dos meus favoritos de sempre. Estou a falar dos EDUKADORES, um filme que recarregou energias e convicções, numa altura em que muito se critica e põe em causa o idealismo de uma sociedade mais justa. Este filme tem a capacidade de não só reforçar esses valores, mas também é um forte incitamento à não conformação, e a novas formas de acção directa. A submissão e a desistência não é uma fatalidade, é uma opção. Há sempre mais do que uma alternativa. Tudo o resto é a velha desculpa...



Um filme, atrever-me-ia a dizer, perfeito. mais do que uma crítica ao sistema económico e social dos nossos dias, o filme crítica o egoísmo da raça humana em geral, e em particular aqueles que são muito idealistas e revolucionários quando lhes convém, mas que depois se acomodam e são os piores da escumalha. Não critico a ignorância de quem nunca esteve "deste lado", mas não poderia desculpar nunca uma atitude como a daquele magnata. O filme é muito acutilante nesse sentido. É uma verdadeira lição de moral. Os heróis conseguem escapar, e pode-se dizer até que conseguem mesmo vencer Golias. Além do mais, retrata um triângulo amoroso. Não é de todo inusual acontecerem situações deste tipo, mas o importante a reter, é que no final a amizade consegue sobrepôr-se aos conflitos e questões de honra. O sentimento é humano, e não há regra que o consiga anular. O desfecho final é surpreendemente. Um filme que ficará para sempre na minha memória...

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AS BODAS DE DEUS

Vi ainda AS BODAS DE DEUS, de João César Monteiro, para mim, o melhor realizador português. Já foi no mês passado, e até já o tinha visto duas vezes, mas tenho de referi-lo aqui (já que estou a falar de filmes recentemente vistos), pois é um dos meus filmes favoritos, independentemente da nacionalidade. É acima de tudo, um filme com uma forte mensagem política, e aquele golpe de estado, é simplesmente genial (bem como todos os diálogos). Uma crítica sob forma de metáfora...

PRIVATIZING THE WORLD

Vi ainda este documentário. Muito do que se diz, não é novidade nenhuma, mas parece haver quem não perceba, ou não queira perceber...

The Bottom Line: Privatizing the World

Some call it a winner-take-all opportunity. Others call it the exploitation of scarcity in its most extreme form. This program challenges big business’s alarming rush to commodify the world’s common resources—things as basic to life as drinkable water and human genes. Proponents of the common good square off against promoters of "business as usual," speaking out on controversial issues including exporting water from Canada, creating hybrid crop seeds and imposing their use on farmers, patenting the BRCA1 gene sequence, fighting against the free dispensing of generic versions of patented HIV medications, and drafting international trade agreements that create negative precedents that override existing environmental laws.

Dr. STRANGELOVE

Esta semana vi também, do mestre Kubrick, Dr. STRANGELOVE, um olhar crítico sobre os programas atómicos dos Estados Unidos e Ex-União Soviética. Curisoamente, o filme mantém-se bastante actual. Basta ver que o único país que até hoje cometeu a atrocidade de ter usado este tipo de arma, é o juíz moral para decidir quem é que pode ou não pode possuír tal poder, como se pode facilmente perceber pelas polémicas com o Irão e Coreia do Norte, e anteriormente com o Iraque. A história repetir-se-à? Um filme a (re)ver por todos aqueles que acham que a questão nuclear ficou resolvida com o final da guerra fria...

SHINING

O facto de ter os dias completamente trocados com as noites, também não ajuda nada. A acrescentar a isso, junte-se o facto de andar sobre pressão. E para piorar tudo ando a ver filmes antes de dormir, para me ir distraíndo das coisas sérias da vida. Ora ver filmes antes de dormir não provoca própriamente sonhos tranquilos. Que o diga o filme de ontem, o SHINING do Stanley Kubrick. Um filme que ainda nunca tinha visto, e que me deixou pasmado, e bastante assustado também, diga-se. O filme é brilhante. Eu não costumo gostar de filmes de terror, e acho-os até ridículos, mas o Shining prendeu-me do princípio ao fim, e deixou-me preso de curiosidade para investigar depois se havia algum fundamento de veracidade naquela história. Mais do que um simples filme de terror, o Shining parece esconder uma crítica subtil ao genocídio americano cometido sobre os indíos (para mais informação, ver aqui). O hotel representaria pois, no limite, o próprio país. Adormecer depois, é que não foi fácil, apesar de racionalizada a situação e tudo o mais...



Escolhi a foto do sinistro empregado imaginário do bar, por representar aqui precisamente quem me lê, quem me ouve, quem atura os meus devaneios...

GARDENSTATE

Sinto-me contidamente triste. Mas não é uma tristeza desesperante, como no passado, tantas vezes irrompia por mim quando o tédio se esgotava em si mesmo, e em mim todas as esperanças de qualquer mudança, me pareciam vãs e improváveis. É um tipo de tristeza que me assalta quando tudo parece estar bem, tendo como bem tudo o que é o normal decorrer dos dias iguais que se repetem no nosso ciclo de vida normal. A única causa que consigo encontrar para este ataque súbito de angústia, é a minha solidão. A minha distância de tudo e de todos, que fui escrupulosamente construíndo, e que tento manter a custo. Uma barreira que me protege dos outros, que serve para me esconder quando quero estar sozinho, e que só contra este desespero de me achar assim súbitamente sozinho, e entrar em pânico por isso, só disso dizia eu, não me consegue proteger. É como se eu tivesse procurado este refúgio no cimo da mais alta montanha, e tenha percorrido milhares de quilómetros para aqui chegar, e agora que aqui estou, entro em desespero pelo facto de estar tão longe da alma mais próxima. Acho tudo e todos desinteressantes, eu próprio incluído. Até o que eu escrevo, e o que eu sinto se torna para mim desinteressante, porque se repete, porque também esta maneira de expressar ideias se torna cíclica e os sentimentos que lhe dão origem também. Pois, é precisamente por adivinhar que este aperto azedo que neste momento me envolve a garganta, irá mais cedo ou mais tarde desaparecer, que digo que até os próprios sentimentos se acabam por repetir, e inevitávelmente adivinho-lhes o desfecho. Mesmo os maus, os extremos e preocupantes, acabam por se tornar previsíveis. Por exemplo, sei que neste momento me apetece desesperar, isto é enrolar-me na cama, cerrar os punhos com força, dobrado sobre mim próprio, sentir as ganas a apertarem e o choro a ameaçar soltar. Sei também que nunca passa da ameaça, salvo um ou outra gota que se escape, e sei também que depois de dormir estarei melhor, isto é, estarei de volta à normalidade. Provavelmente foi o facto de ter visto um filme, que me deixou assim. Só nos sentimos mesmo miseráveis, quando pensamos que a nossa normalidade não é assim tão normal, e no quanto poderemos estar enganados com a conformação perante essa normalidade. Claro está, que estas conclusões são conclusões do filme, e parto assim do princípio, uma vez mais, que me estou a sentir assim por causa do filme. Que filme foi esse? Ora isso deu-me uma excelente ideia. Em vez de . Lá está. é por isso que eu raramente vejo filmes. Os de acção e de adrenalina, não me dão adrenalina nenhuma, e os outros que apelam ao sentimentalismo, deixam-me de rastos por uns bons bocados. Ainda assim, este facto deu-me uma ideia aqui para o blog. Em vez de descrever os meus estados de espírito basta descrever aqui o nome do filme que vi recebntemente, e pouco mais. Então o filme de hoje foi o GARDENSTATE. Um filme escrito e realizado por um jovem actor, e que parece ser auto-biográfico. As semelhanças terão a ver com a idade?



A questão é que também eu me sinto sozinho deslocado. Parece que abandonei toda e qualquer relação que tenha com o mundo. Tudo me parece desenquadrado, e a todo o lado que vou, parece que não pertenço, que estive ausente, que sou novato... Por outro lado, cada vez mais me apetece estar sozinho. E quando preciso de estar sozinho, isolo-me e pronto. Não me interessa se alguém me vai procurar ou não, se alguém vai notar a minha presença, porque eu não crio raízes nem laços com nada nem ninguém. Nem com a minha própria família, que me vê ou sabe de mim quando o rei faz anos. Acho que fui habituando os outros assim a esta forma de ser minha, o que me leva a pensar se isto não será um pouco patológico. Isolar-me durante semanas, meses, ou dias, conforme me der na gana, e perante quem quer que seja. Aliás, não tenho ninguém que me veja ou saiba de mim numa base regular, e acho que é essa falta de uma base que me pôs a pensar depois do filme. Ainda assim, acho que não vou mudar, e ainda para mais acho que não quero perder essa liberdade de me desligar de tudo e de todos quando preciso. Se isso me trará dificuldades ao longo da vida é uma outra questão...

Tudo isto passará, e tornará a vir novamente...

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Quanto mais penso nisto, mais certeza tenho de que tudo isto foi fruto da minha imaginação...


esquizofrenia delirante

Tabaco

Saio de casa para comprar tabaco. Pensei que iria conseguir resistir, e adormecer sem ter de matar primeiro o vício. Aguentei o mais que pude. Mas são já oito horas e provavelmente o café aqui ao lado já estará aberto. Não. Tal como previa, está fechado. Estou na rua, não vou voltar para casa. Não faz mal. Aproveito e vou até à tabacaria comprar de enrolar. Espero que ainda tenham ao preço antigo, ou daquela marca nova barata, mas com a nojenta bandeira do império americano. Pagamos com o fruto da nossa escravidão para que nos matem, de uma forma mais rápida... Não. Existe sim, mas só com o preço actualizado. O meu dinheiro não chega. Desde que me diminuiram o ordenado, para aumentar em milésimas o lucro dos magnatas, todos os meus cêntimos têm de ser escrupulosamente calculados para que as minhas dívidas não cresçam desgovernadamente. Enquanto penso nisto, e reparo que não há marcas baratas neste quiosque, meto-me ao caminho e dou graças por não ter encontrado o café aberto. Teria gasto dois euros e meio numa caixa de tabaco normal que me daria nem para dois dias. Decido seguir mais um pouco, e tento ir a um outro quiosque que encontro fechado. A tentação de uma máquina de tabaco na padaria ao lado, só me reforça a decisão de andar mais dois quarteirões até à próxima tabacaria. Vou descendo a rua em contra-ciclo, e reparo que nada tenho em comum com aqueles que a sobem. A geração dos conformados prepara-se para mais um dia de trabalho. Chego à tabacaria. Na porta um adolescente espera. Parece-me algo assustado. Não sei se está na fila ou não, e fica ali naquele meio termo, imóvel. Só esboçou um movimento quando o seu pai, já atendido, sai do quiosque e o chama. Reparo que acabou de jogar no euromilhões. A ilusão da liberdade. Não há tabaco para a minha carteira. Ou melhor, há, mas é de uma marca da qual não gosto. Não vou voltar para casa de mãos a abanar. O Sr. diz-me que existe uma marca nova, mas que custa três euros. O meu dinheiro não chega. Antes do aumento de impostos chegaria perfeitamente. Trago a marca foleira, e saio satisfeito. No mesmõ instante avisto um outro quiosque ao fundo da rua e lamento já ter efectuado a compra. De nada me vale agora. Mas valeu a pena ter feito o caminho. Enquanto escrevo isto, fumo o meu terceiro, e reparo que não me está a saber assim tão mal. No entanto, pelo mesmo preço, poderia estar a fumar um tabaco de qualidade muito superior. Tem a merda da bandeira americana que estraga tudo, e que me levou a nunca antes ter comprado. Mas já é de facto um tabaco de boa qualidade. De resto, não é possível ser idealista, quando todos as marcas estão já na mão dos americanos (como este: "fabricated for Philip Morris Products, S.A."). É a nossa contribuição indirecta para o dinheiro que eles gastam em invasões de países e crimes contra os direitos humanos. Penso mais uma vez no tabaco que poderia estar agora a fumar, se tivesse tido mais calma, se tivesse pensado melhor, se não tivesse sido conformista e procurasse até ter encontrado aquele que queria...